Acompanhamento de abate reduz perdas
“Muitos produtores não têm acesso a essas informações"
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A alta do dólar no fim de 2024 tende a pressionar os custos da pecuária, mas a produção de carne bovina no Brasil segue firme, ainda que em ritmo mais moderado, segundo o Cepea. Dados do IBGE mostram que, até setembro do último ano, o volume de abates cresceu 19%, reforçando a resiliência do setor. Nesse cenário, otimizar a gestão da produção torna-se essencial para garantir rentabilidade.
Uma das ferramentas mais eficazes para isso é o acompanhamento técnico no abate, serviço oferecido pela Associação Novilho Precoce MS. Com a análise de dados como rendimento de carcaça, dentição e espessura de gordura, os pecuaristas podem corrigir falhas na produção e evitar prejuízos.
O veterinário Wender Oshiro destaca que uma novilha pode perder até R$ 500 em valorização se não atingir o peso ou a cobertura de gordura ideais. Em 2023, 98% dos mais de 900 animais abatidos por sua cliente, Clarice Barbosa Yutes, atenderam aos padrões da associação, garantindo total bonificação.
“A consultoria nos mostrou que 98% dos mais de 900 animais abatidos em 2023 atenderam ao padrão da associação, garantindo total bonificação. Conseguimos enxergar, com precisão, se é necessário investir em mais terminação, melhorar a alimentação ou ajustar a estratégia de venda”, afirma.
Segundo o superintendente da Novilho Precoce MS, Alexandre Guimarães, muitos produtores perdem dinheiro por falta de dados organizados. “Muitos produtores não têm acesso a essas informações de forma organizada e acabam perdendo dinheiro sem perceber. Com os dados detalhados do abate, conseguimos direcionar melhor as decisões do associado dentro da fazenda, garantindo um gado mais bem acabado e um retorno financeiro maior”, finaliza.