Rotação de culturas segurou a produtividade no MS
Esses dados foram divulgados pelo presidente da Aprosoja/MS
O Mato Grosso do Sul aumentou sua área de cultivo de soja em 5,2%, chegando a 4,2 milhões de hectares na última safra. No entanto, a produção foi impactada por condições climáticas desfavoráveis, resultando em uma redução de 21,8% no volume da colheita, totalizando 12,3 milhões de toneladas. O presidente da Fundação MS, Daniel Franco, atribui a estabilidade da produção a áreas que praticam rotação de culturas e utilizam plantas de cobertura.
Esses dados foram divulgados pelo presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, durante a 27ª Showtec, o principal evento agrícola do estado. Franco destaca a importância da tecnologia e da ciência para sustentar a produtividade, observando que a diversificação de culturas, indo além da tradicional soja-milho, contribuiu para mitigar os impactos climáticos adversos.
“Isso é bastante evidente e temos promovido amplamente essas práticas [rotação de culturas e uso de plantas de cobertura]. Existem diversas opções disponíveis para os produtores, com o mercado oferecendo diferentes combinações de cultivos, além de os produtores também poderem criar suas próprias combinações”, completou o presidente durante sua fala na abertura do Showtec.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, enfatiza que as perdas na produção de soja terão um impacto significativo em toda a população do estado, mas destaca a capacidade de recuperação dos produtores rurais, ressaltando que os altos e baixos são parte intrínseca do setor. Ele menciona que a atividade agrícola e pecuária é de longo prazo, afetando não apenas o presente, mas também as gerações futuras. Riedel destaca o crescimento recente do estado, citando dados econômicos e projetando uma perspectiva positiva, apesar das perdas atuais na produção de soja. Ele destaca a resiliência e o potencial de crescimento de Mato Grosso do Sul.
“Recentemente, tive uma aula de economia com Jaime Verruck e aprendi que Mato Grosso do Sul cresceu 6,6% no ano passado, o segundo maior crescimento do PIB no Brasil. Este ano, apesar das perdas já contabilizadas, a projeção de crescimento é de 5,82%. Isso demonstra a resiliência e o potencial de crescimento do nosso estado”, finalizou.