Sanidade animal e pastagens garantem produção de leite
Os custos elevados de insumos também seguem como desafio em algumas regiões
O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (02) traz um panorama detalhado sobre a bovinocultura de leite no Rio Grande do Sul. De acordo com o relatório, o tempo seco e as temperaturas amenas contribuíram positivamente para o manejo nas propriedades e a qualidade do pastejo, favorecendo a produção leiteira e a condição corporal dos animais.
Nas regiões administradas pela Emater, os cenários climáticos variaram, mas, de forma geral, proporcionaram boas condições para a atividade. Em Bagé, a disponibilidade hídrica nos açudes garantiu o bem-estar animal. Já em Santa Maria, as pastagens de verão estão em excelentes condições, assegurando boa oferta de forragem.
Em regiões como Caxias do Sul e Porto Alegre, os rebanhos apresentaram sanidade dentro da normalidade. A redução no uso de silagem de milho devido à disponibilidade de pastejo é um dos destaques na capital e arredores. Apesar do aumento da incidência de mosca-dos-chifres e carrapatos, os produtores têm adotado estratégias eficazes de controle. O problema foi relatado em várias regiões, mas sem impactos significativos na produção.
Nas regiões de Frederico Westphalen e Santa Rosa, foi registrada uma queda nos preços pagos pelo litro de leite, impactando diretamente as margens de lucro dos produtores. Os custos elevados de insumos também seguem como desafio. No entanto, em Pelotas, observou-se um aumento nos investimentos em pastagens perenes, buscando alternativas para manter a produtividade.
Produtores da região de Ijuí avaliam os resultados da utilização de silagens de cereais de inverno, como o trigo, que têm mostrado desempenho promissor. A adoção dessas estratégias visa melhorar a qualidade da produção e reduzir custos.