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Impacto da luz na fotossíntese

As plantas utilizam a radiação solar na faixa de 400 a 700 nanômetros


A produtividade final é, portanto, resultado da interação entre o potencial genético, o manejo da cultura e as condições ambientais A produtividade final é, portanto, resultado da interação entre o potencial genético, o manejo da cultura e as condições ambientais - Foto: Divulgação Vigna

Segundo Décio Luiz Gazzoni, engenheiro-agrônomo e pesquisador da Embrapa soja, o potencial produtivo de uma planta está atrelado às suas características genéticas, mas para que esse potencial seja plenamente explorado, as condições ambientais precisam ser favoráveis, algo que raramente ocorre.

A produtividade final é, portanto, resultado da interação entre o potencial genético, o manejo da cultura e as condições ambientais. Entre os fatores mais importantes para essa produtividade está a energia proveniente da luz solar, utilizada pelas plantas durante a fotossíntese.

As plantas utilizam a radiação solar na faixa de 400 a 700 nanômetros, conhecida como Radiação Fotossintética Ativa (PAR), para realizar a fotossíntese. Durante esse processo, os carboidratos são produzidos e armazenados pela planta para seu crescimento, desenvolvimento e formação de estruturas como sementes e frutos. A intensidade e a qualidade da luz afetam diretamente a taxa fotossintética, sendo que os fótons de comprimentos de onda mais curtos, como os ultravioleta, podem danificar as células, enquanto os fótons de ondas mais longas não possuem energia suficiente para promover a fotossíntese.

Dois conceitos são essenciais ao relacionar a incidência de energia com a fotossíntese: o ponto de compensação de luz (LCP) e o ponto de saturação de luz (LSP). O LCP marca o início da fotossíntese, quando a energia luminosa é suficiente para produzir mais oxigênio do que a planta consome em sua respiração. Já o LSP ocorre quando a taxa fotossintética atinge seu ponto máximo, tornando-se invariável, mesmo com o aumento da incidência luminosa.

A luz azul, por exemplo, é responsável pelo crescimento vegetativo e foliar, sendo mais eficiente para plantas jovens. Já a luz vermelha próxima regula a floração e a frutificação, enquanto a luz vermelha distante pode causar o alongamento das plantas, especialmente em condições de sombreamento. Dessa forma, a quantidade e a qualidade da luz são fatores cruciais para o desempenho fotossintético e, consequentemente, para o rendimento das culturas.
 

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