Preço do trigo segue firme no Brasil
Farelo de trigo e as farinhas registraram alta na primeira semana de fevereiro
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O mercado de trigo mantém preços firmes nos últimos meses no Brasil, mesmo diante da valorização do Real, que reduz o custo de importação. De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), a média de preços no Rio Grande do Sul fechou a semana em R$ 67,60 por saca, acima dos R$ 65,27 registrados em dezembro de 2024. No Paraná, os valores giram em torno de R$ 73,00 por saca, contra R$ 72,00 dois meses antes.
Segundo o Cepea/Esalq, os preços seguem sustentados pela retração dos vendedores, que reduzem a oferta no mercado interno diante da demanda aquecida nas exportações. Embora compradores domésticos tentem pressionar os valores para baixo, as importações continuam elevadas, mantendo os preços estáveis, conforme o divulgado pela Ceema.
Além disso, o farelo de trigo e as farinhas registraram alta na primeira semana de fevereiro, impulsionados pelo aumento da demanda, o que também contribui para o cenário de preços firmes.
De acordo com o Ceema, durante a Webinar "Mercado de Trigo – Desafios e Oportunidades para Nova Safra", realizada pelo Sindicato da Indústria do Trigo do Estado de São Paulo (Sindustrigo) no último dia 10, especialistas apontaram desafios para a nova safra.
Fatores climáticos e problemas logísticos podem impactar a produção nacional, estimada entre 7,8 e 8 milhões de toneladas. Com isso, o Brasil deverá aumentar suas importações para cerca de 6,5 milhões de toneladas.
Empresas do setor indicam que a tendência é de manutenção ou alta nos preços, a menos que ocorra algum fator externo significativo que altere esse cenário, segundo análise da StoneX.