Mercado de trigo segue lento no Sul
No Paraná, os cerealistas e cooperativas estão mais focados na colheita de milho
Em Santa Catarina, o mercado também segue estagnado - Foto: Agrolink
O mercado de trigo no Sul do Brasil continua operando de forma lenta, com oscilações pontuais nos preços e baixa demanda externa, conforme informações da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, a nova safra já tem cotação de R$ 1.320 CIF porto, equivalente a R$ 79,18/saca. Os moinhos locais seguem bem abastecidos, com disponibilidade estimada em 1,15 milhão de toneladas, o que mantém o mercado estável. No interior, compradores indicam valores de R$ 1.350/t para embarque em março, enquanto para trigos de maior qualidade (W290 e Estabilidade 10), os preços variam entre R$ 1.350 e R$ 1.400/t.
Em Santa Catarina, o mercado também segue estagnado, com farinhas sendo ofertadas para estimular a moagem. Os preços FOB oferecidos estão em R$ 1.400/t, enquanto o trigo do Rio Grande do Sul chega ao estado por cerca de R$ 1.600/t, considerando frete e ICMS. O farelo de trigo teve queda nos preços, chegando a R$ 1.100/t ensacado. Já os preços pagos aos produtores mantiveram-se estáveis na maioria das regiões, com destaque para Rio do Sul, onde subiram para R$ 77,00/saca.
No Paraná, os cerealistas e cooperativas estão mais focados na colheita de milho e soja do que na comercialização do trigo. Quem precisava liberar espaço já vendeu, enquanto os demais aguardam preços melhores. As ofertas dos vendedores subiram para R$ 1.450/t, podendo chegar a R$ 1.550 FOB em alguns casos. A demanda está fraca, e os compradores oferecem R$ 1.500/t para entrega em março. O trigo importado da Argentina chega ao estado por R$ 1.590/t via rodoviária. A média de preços da saca no Paraná teve leve alta de 0,02% na semana, atingindo R$ 72,87, enquanto o custo de produção caiu para R$ 68,68, garantindo um lucro médio de 6,10% para os triticultores.
