Exportações brasileiras recuam, mas importações avançam
Trigo e café registram alta
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De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) nesta segunda-feira (17), as exportações brasileiras registraram queda de 21,8% no setor agropecuário, 21,0% na indústria extrativa e alta de 6,5% na indústria de transformação, segundo balanço da segunda semana de fevereiro. O desempenho geral levou à retração no comércio exterior do país.
A diminuição das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas de produtos como milho (-10,2%), soja (-55,9%) e algodão em bruto (-2,1%) na agropecuária; minério de Ferro (-46,2%), minérios de metais preciosos (-92,4%) e petróleo bruto (-2,8%) na indústria extrativa; e açúcar (-52,7%), farelo de soja (-19,4%) e aeronaves (-64,3%) na indústria de transformação.
Por outro lado, alguns produtos registraram crescimento expressivo nas exportações, como trigo (258,9%), café (50,8%) e especiarias (138,9%) na agropecuária; minério de Cobre (88,7%) e outros minérios de metais de base (229,6%) na indústria extrativa; e carnes de aves (36,9%), sucos de frutas (141,7%) e óleos combustíveis (33,1%) na indústria de transformação.
Já as importações cresceram 0,5% no setor agropecuário, registraram queda de 12,1% na indústria extrativa e aumento de 9,8% na indústria de transformação, totalizando US$ 9,55 bilhões. O crescimento foi impulsionado pela maior compra de milho (209,6%), borracha natural (175,6%), fertilizantes químicos (19,6%) e partes de veículos automotivos (27,8%).
Por outro lado, houve queda nas importações de arroz (-72,9%), trigo (-9,5%), carvão (-30,5%), óleos combustíveis (-29,1%) e materiais radioativos (-90,8%).
O cenário indica um desafio para o comércio exterior brasileiro, que enfrenta oscilações nos mercados globais e nos preços das commodities.