China quer revolucionar cultivo do algodão
Mudanças climáticas prejudicam a cultura local
A China deu início a um projeto de bioengenharia voltado para o cultivo de algodão na região de Xinjiang, conforme anunciado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Região Autônoma Uigur de Xinjiang. Com um investimento de 15 milhões de yuans, cerca de 12 milhões de reais, a iniciativa visa criar uma plataforma de cultivo biológico para aumentar a resistência das variedades locais de algodão a estresses ambientais, como salinidade e temperaturas extremas. Tais características são difíceis de desenvolver por meio de métodos tradicionais de melhoramento genético, tornando a engenharia genética essencial para introduzir genes que aprimorem a resiliência das plantas.
Atualmente, as principais variedades cultivadas em Xinjiang possuem alta produtividade e qualidade, mas enfrentam desafios crescentes diante das mudanças climáticas e eventos extremos. O projeto, liderado pelo Instituto de Pesquisa de Culturas Econômicas da Academia de Ciências Agrícolas de Xinjiang, foi intitulado “Análise das características agronômicas básicas das variedades de algodão e melhoria do desenho molecular”. Com duração prevista de três anos, ele integra um conjunto de cinco grandes projetos científicos lançados na região em 2024, reforçando o compromisso da China com a inovação agrícola.
O Centro de Pesquisa Agrícola Ocidental da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas também participa do projeto, contribuindo com a formação de pessoal especializado e o desenvolvimento de plataformas para sistemas agrícolas inovadores e sustentáveis. A colaboração busca criar uma base tecnológica que não se limite apenas ao algodão, mas que possa ser aplicada a outras culturas, ampliando os benefícios do projeto para além de Xinjiang.