Soja fecha de forma mista em Chicago
Os contratos mais longos registraram leves altas

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sessão desta segunda-feira (15) com comportamento misto, refletindo incertezas sobre o início do plantio nos Estados Unidos. De acordo com dados da CBOT, o contrato para maio — referência para a safra brasileira — recuou 0,10%, ou -1,00 cent/bushel, sendo cotado a US$ 1041,75. Já o contrato para julho caiu 0,26%, a US$ 1050,25. Os derivados também apresentaram perdas: o farelo de soja para maio recuou 0,83% (US$ 297,1/ton curta) e o óleo de soja caiu 2,18%, cotado a US$ 46,32/libra-peso.
Apesar do recuo nas posições mais próximas, os contratos mais longos registraram leves altas, sustentados pela preocupação com o possível atraso no plantio de soja e milho em algumas regiões dos EUA. Áreas recentemente afetadas por alagamentos ainda enfrentam condições adversas, o que pode influenciar a proporção de hectares destinados a cada cultura nesta safra.
Do lado das exportações, os números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que as inspeções de embarques semanais somaram 547,02 mil toneladas até 10 de abril. Esse volume ficou dentro das expectativas do mercado (375,57 mil a 750 mil toneladas), com destaque para a China, que recebeu quase 136 mil toneladas. No acumulado da safra 2024/25, os embarques seguem em ritmo moderadamente superior ao do ano anterior, totalizando 42,10 milhões de toneladas.
Por outro lado, dados alfandegários chineses revelaram uma queda significativa nas importações em março, com apenas 3,5 milhões de toneladas adquiridas. O volume representa recuo de 39,9% frente a fevereiro e 36,8% em relação a março de 2023. A redução acende um sinal de alerta no mercado, já que a China é o principal destino da soja norte-americana.