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Expansão do biodiesel impulsiona setor de soja

Um desafio apontado pelo estudo é a infraestrutura logística



Um desafio apontado pelo estudo é a infraestrutura logística Um desafio apontado pelo estudo é a infraestrutura logística - Foto: Divulgação

O Rabobank, por meio da analista setorial de grãos e oleaginosas Marcela Marini, destacou em seu relatório a crescente participação do biodiesel na matriz energética brasileira e seus impactos no setor de soja. Desde 2008, a mistura de biodiesel no diesel aumentou de 2% para 14% em 2024, impulsionando a produção local. Com a legislação sancionada em outubro de 2024, que prevê um aumento anual de 1% na mistura até atingir 20% em 2030, a necessidade de esmagamento adicional de soja se torna evidente para suprir a demanda por óleo vegetal.  

Esse crescimento na capacidade de esmagamento será sustentado pela maior demanda por óleo de soja, mas trará desafios ao mercado de farelo de soja. Com o aumento da oferta, os preços do farelo devem sofrer pressão de queda, tornando essencial a atração de compradores exportadores. Ainda assim, o óleo de soja deverá ganhar relevância na composição das margens de esmagamento, tornando-se um fator estratégico para o setor.  

A RaboResearch projeta que a produção brasileira de soja pode alcançar 185 milhões de toneladas métricas até 2030, garantindo suprimentos suficientes para atender à demanda interna crescente. Além disso, fatores externos, como a possível redução das importações chinesas e as restrições impostas pela Regulamentação Europeia de Desmatamento (EUDR), podem limitar o crescimento das exportações do complexo de soja, aumentando a importância do mercado doméstico.  

Outro desafio apontado pelo estudo é a infraestrutura logística, cuja falta de investimentos pode restringir a capacidade de escoamento para exportação. Diante desse cenário, a demanda interna mais forte ajudaria a equilibrar o setor. Para viabilizar essa expansão, será essencial a continuidade das políticas governamentais de incentivo e o engajamento do setor privado, reduzindo os riscos para investimentos adicionais na capacidade de esmagamento.
 

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