Soja fecha de forma mista em Chicago
A volatilidade nos preços reflete o chamado "jogo duplo" da demanda
A soja negociada na Bolsa de Chicago encerrou a quinta-feira em movimento misto, refletindo a influência de fatores opostos na demanda. Segundo análise da TF Agroeconômica, o contrato de janeiro, referência para a safra brasileira, registrou alta de 0,03% ou 0,25 cents/bushel, atingindo $995,75. Já o contrato de março subiu 0,05% ou 0,50 cents/bushel, encerrando em $1003,50. Por outro lado, o farelo de soja para janeiro recuou 0,52% ou $1,6 por tonelada curta, fechando a $289,5, enquanto o óleo de soja avançou 0,54% ou $0,23/libra-peso, terminando a $42,67.
A volatilidade nos preços reflete o chamado "jogo duplo" da demanda. De um lado, a oleaginosa sofreu pressão pela queda de 49% nas vendas semanais para exportação em relação ao período anterior. Por outro, o mercado encontrou suporte em uma venda adicional de 334 mil toneladas de soja, reportada por exportadores privados, favorecendo os contratos de vencimento mais curto.
Outro fator que contribuiu para a estabilidade foi a manutenção dos dados da safra 2024/25 no Brasil, que tiveram impacto neutro no mercado de Chicago. As projeções para a colheita brasileira continuam influenciando as decisões dos traders, especialmente devido à expectativa de grande oferta global.
A análise mostra que, apesar dos fatores divergentes, o mercado segue atento às dinâmicas de exportação e às condições climáticas que podem influenciar a safra sul-americana. O equilíbrio entre oferta e demanda permanece como principal direcionador dos preços no curto prazo. “Em detalhe, no seu relatório semanal, desta vez para o período de 29 de novembro a 5 de dezembro, o USDA reportou hoje vendas de soja 2024/2025 por 1.173.800 toneladas, abaixo das 2.312.700 toneladas do relatório anterior e do intervalo estimado pelos operadores, que foi de 1,50 a 2,20 milhões de toneladas”, conclui.