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Clima e falta de mão de obra atrapalham safra de uva

Em Encruzilhada do Sul, os produtores decidiram atrasar a poda de forma estratégica


Foto: Divulgação

A atividade de poda seca das videiras continua nas regiões vitivinícolas do Rio Grande do Sul, mas produtores enfrentam dificuldades para encontrar mão de obra qualificada e reclamam da burocracia envolvida no processo. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, muitos viticultores têm optado por intercambiar serviços entre si como forma de driblar esses desafios. A preocupação com as bruscas oscilações de temperatura permanece alta, especialmente devido ao risco de perdas nas variedades de uvas mais precoces.

Na região de Santa Rosa, as videiras já estão em fase de brotação das gemas. Com o início dessa etapa, os produtores começam a realizar tratamentos preventivos com calda bordalesa para proteger as plantas de doenças.

Em Soledade, os viticultores seguem com a poda seca e as amarrações das hastes, enquanto no Baixo Vale do Rio Pardo, a atividade de poda está em fase de conclusão. Em Encruzilhada do Sul, os produtores decidiram atrasar a poda de forma estratégica, devido à previsão de geadas tardias que podem comprometer o desenvolvimento das videiras. No Alto da Serra do Botucaraí, a poda ocorre a partir da segunda quinzena de agosto e se estende até o início de setembro.

Já na região de Frederico Westphalen, o desenvolvimento das videiras varia conforme a altitude. Em locais com até 350 metros de altitude, as variedades apresentam diferentes estágios fisiológicos: a variedade Vênus está entre o estádio 7 (primeira folha separada) e 15 (alongamento da inflorescência); a Bordô varia do estágio 1 (gemas dormentes) até o 5 (ponta verde); enquanto as Niágaras Rosada e Branca e outras cultivares estão entre os estádios 1 (gemas dormentes) e 12 (5 ou 6 folhas separadas e inflorescência visível). Em áreas acima de 350 metros, as videiras das variedades Bordô e Seyve Villard estão entre os estádios 1 (gemas dormentes) e 3 (fase "algodão"), e as Niágara Rosada e Branca variam do estádio 1 até o 7 (primeira folha separada).

O cenário desafiador para os viticultores gaúchos inclui não apenas a necessidade de manejo cuidadoso diante das variações climáticas, mas também a busca por soluções para os problemas relacionados à mão de obra e à logística dos tratos culturais.

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