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Lagarta-rosada pode reduzir qualidade do algodão

Técnicas de controle ajudam a conter lagarta-rosada



Foto: USDA NRCS Texas

Um artigo publicado no Blog Aegro, produzido pela engenheira agrônoma Bruna Rohrig, alerta para os danos causados pela lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella) na cultura do algodão. Segundo o estudo, a praga está amplamente distribuída pelo Brasil e pode comprometer tanto a produtividade quanto a qualidade da fibra.

A lagarta-rosada, quando adulta, se apresenta como uma mariposa cinza e de asas finas. Em seu estágio larval, possui coloração branca e oito pares de pernas, além de faixas rosadas pelo corpo, característica que lhe confere o nome popular. Seu ciclo de vida pode durar de 21 a 45 dias, dependendo da temperatura.

“O conhecimento sobre as características dessa praga é essencial para evitar prejuízos ao algodoeiro”, afirmam as autoras do artigo. No Brasil, a praga é encontrada em diversos estados, incluindo Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Os ovos da lagarta-rosada são branco-esverdeados e depositados individualmente ou em grupos de até 20 unidades. Após a eclosão, as larvas passam por quatro fases de desenvolvimento antes de se tornarem pupas. Durante esse período, a praga se alimenta do algodão, prejudicando a formação dos capulhos.

O controle da lagarta-rosada exige a adoção de diferentes estratégias dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Métodos como ajuste da época de semeadura, retirada de capulhos caídos, eliminação de restos culturais e uso de controle químico e biológico são essenciais para reduzir a infestação. Além disso, o monitoramento com armadilhas contendo feromônio sexual feminino auxilia na identificação da presença da praga nas lavouras.

A lagarta-rosada tem hábitos noturnos, o que torna essencial a realização de inspeções em horários que favoreçam sua detecção. “A praga consegue sobreviver mesmo em condições ambientais adversas e sob a palhada ou no solo, o que dificulta o seu controle, especialmente em sistemas de plantio direto”, explicam as pesquisadoras.

O principal impacto econômico da infestação é a redução da produtividade e da qualidade das fibras do algodão. Como os danos ocorrem nos capulhos, há um comprometimento direto no valor comercial da produção. Dessa forma, o manejo adequado é fundamental para minimizar perdas e garantir a sanidade da lavoura.

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