Frente fria se afasta e as altas temperaturas voltam a predominar no Sul

De acordo com Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink, o Brasil está passando por mudança nas condições climáticas. A frente fria que afetava as regiões Sul e Sudeste agora está se deslocando para o oceano, aumentando a possibilidade de chuvas no litoral. Com isso, a massa de ar frio que causou quedas de temperatura nos últimos dias começa a perder intensidade, embora o amanhecer ainda seja ameno no Centro-Sul do país.

Nas regiões Centro-Norte, o cenário é de calor intenso e baixos índices de umidade relativa do ar. As previsões indicam que as temperaturas podem superar os 36°C, especialmente no norte do Mato Grosso do Sul, interior do MATOPIBA, Ceará, Rio Grande do Norte e norte do Amazonas. Essas condições são preocupantes, pois aumentam o risco de incêndios, apesar de favorecerem as operações de colheita do milho segunda safra e algodão.

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No litoral, a previsão é de chuvas desde Santa Catarina até o sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais. Os volumes de chuva variam entre 3 e 15 mm, sendo maiores no norte do Rio de Janeiro e Espírito Santo. No entanto, essas chuvas não são suficientes para melhorar significativamente a condição hídrica ou o vigor das lavouras nas principais regiões produtoras do país. Ainda assim, podem atrapalhar a colheita do café e a secagem dos grãos devido ao aumento da umidade.

Para o leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e leste da Bahia, as temperaturas devem diminuir ligeiramente durante a tarde, com máximas abaixo de 28°C. Nas áreas com maior cobertura de nuvens, os termômetros podem marcar entre 20 e 25°C.

As projeções meteorológicas indicam que a massa de ar frio continuará a enfraquecer, resultando em madrugadas e amanheceres menos frios nos próximos dias. Além disso, uma massa de ar quente vinda da região tropical deve avançar para o Centro-Sul do Brasil, trazendo calor entre quinta-feira e sábado.

Para a segunda quinzena de agosto, espera-se a chegada de chuvas no centro do país, especialmente no norte de Goiás e sul do Tocantins. As instabilidades ainda são fracas, mas podem se intensificar sobre Mato Grosso do Sul e São Paulo ao longo da primeira quinzena do mês.