Milho B3 fecha em alta impulsionado pelo etanol e safrinha
Os contratos do milho em Chicago (CBOT) tiveram um fechamento misto

O mercado de milho na B3 registrou alta nesta terça-feira (18), com os contratos futuros refletindo o impacto da indústria de etanol e o ritmo do plantio da safrinha, segundo informações da TF Agroeconômica. Apesar do avanço da colheita da soja, o plantio do milho segunda safra segue levemente atrasado, o que gera preocupações sobre uma possível menor oferta ou atrasos na entrega futura. Além disso, secas em algumas regiões produtoras estão sendo monitoradas.
Um fator que segue impulsionando as cotações é a perspectiva de aumento da mistura de etanol na gasolina para o chamado E30 (30% de etanol anidro). O Instituto Mauá de Tecnologia apontou a viabilidade dessa medida, e a próxima etapa será a busca pela aprovação do governo para implementação. Com isso, a demanda pelo cereal pode crescer ainda mais no setor de biocombustíveis.
Diante desse cenário, os contratos futuros do milho fecharam o dia com altas significativas. O vencimento para maio/25 subiu R$ 2,37 no dia, cotado a R$ 84,44, acumulando alta de R$ 4,89 na semana. Julho/25 avançou R$ 1,08 no dia, chegando a R$ 75,06, enquanto setembro/25 fechou a R$ 74,66, um aumento de R$ 1,11 no dia.
No mercado internacional, os contratos do milho em Chicago (CBOT) tiveram um fechamento misto. O vencimento de maio, referência para a safra brasileira de verão, caiu 0,49% para US$ 4,58/bushel, enquanto o contrato para julho recuou 0,43% para US$ 4,68/bushel. O mercado já se antecipa ao impacto das condições climáticas nos EUA, onde as chuvas ainda são insuficientes para alterar significativamente o cenário agrícola.