Soja volta a cair na Bolsa de Chicago
A baixa foi influenciada pelo relatório trimestral do USDA

A soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira, impactada por estoques maiores nos Estados Unidos e pela pressão da colheita na América do Sul, conforme análise da TF Agroeconômica. O contrato de maio, referência para a safra brasileira, recuou 0,81%, fechando a US$ 1014,75 por bushel, enquanto o contrato de julho caiu 0,87%, cotado a US$ 1028,25 por bushel. Entre os subprodutos, o farelo de soja para maio registrou queda de 0,27%, a US$ 292,7 por tonelada curta, e o óleo de soja caiu 0,60%, fechando a US$ 44,89 por libra-peso.
A baixa foi influenciada pelo relatório trimestral do USDA, que apontou uma redução de 4% na intenção de plantio da oleaginosa para 2025, o que pode representar uma queda de apenas 900 mil toneladas na produção total dos EUA. No entanto, os estoques de soja aumentaram 3,53% em relação ao mesmo período de 2024, pressionando ainda mais as cotações. Além disso, as inspeções de embarques para exportação registraram queda de 4,27% na semana, sinalizando menor demanda internacional.
Outro fator que contribuiu para o recuo dos preços foi a liquidação de posições por parte dos fundos de investimento. Após uma semana anterior de leves ganhos, os fundos voltaram a vender contratos, pressionando as cotações. O mercado também segue atento à entrada da safra brasileira no cenário global e ao avanço da colheita na Argentina, que adicionam oferta ao mercado e reduzem o ímpeto comprador.
A incerteza sobre a guerra comercial global também impactou o sentimento dos investidores, tornando o ambiente mais volátil para as commodities agrícolas. Com isso, a soja devolveu parte dos ganhos registrados na sexta-feira e segue pressionada pela combinação de fatores internos e externos, mantendo a tendência de baixa no curto prazo.