Sindicato destaca importância da aviação agrícola
"É a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação específica"

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) se manifestou em relação ao recente relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que apontou aumento das ocorrências de violência no campo brasileiro, com destaque para o Maranhão. O Sindag lamenta a forma como o documento associa o uso de agrotóxicos, mencionando que o Estado teria sido responsável por 228 das 276 ocorrências no Brasil, com um aumento de 762% em relação a 2023.
“É claro que todas as informações relatadas no relatório da Pastoral da Terra demonstram situações que pedem uma atuação firme e ampla das autoridades para apurar a fundo os relatos de violência. Isso para se punir os excessos e coibir sua repetição – em última instância, justiça social. Porém, é imperativo que se tenha em mente o perigo da generalização. Em nome de se evitar que o próprio debate sobre a segurança no campo perca força para o preconceito contra o setor produtivo”, comenta.
A aviação agrícola, utilizada para o controle de pragas e até mesmo para o combate a incêndios, é vista pelo Sindag como uma ferramenta eficiente e regulamentada, com benefícios como a redução de agrotóxicos e de água utilizada nas aplicações. No Maranhão, a aviação agrícola apresentou um crescimento de 10% em 2024, com 63 aeronaves em operação. O sindicato lembra ainda que, ao contrário do que ocorreu no Ceará, onde a proibição da pulverização aérea não reduziu os casos de intoxicação por agrotóxicos, a aviação agrícola continua sendo essencial para a produtividade e segurança no campo.
“Sem falar que a aviação é a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação específica. Que exige formação no mínimo técnica especializada da equipe de solo, piloto agrícola especialmente formado para a função, além de registar todas as operações em relatórios minuciosos que ficam à disposição de qualquer fiscalização – com cópias enviadas mensalmente ao Ministério da Agricultura. E outras obrigações que, aliás, valem também para os drones agrícolas – que são proibidos de operar sem o devido registro ou sem seguir todas essas regras”, conclui.