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Chuvas beneficiam pastagens, mas estresse térmico persiste

Pastoreio é afetado pelo calor e escassez de umidade



Foto: Sheila Flores

As condições climáticas registradas nas últimas semanas afetaram o crescimento das pastagens no Rio Grande do Sul. O Informativo Conjuntural, divulgado na última quinta-feira (13), apontou que as altas temperaturas e a baixa umidade prejudicaram as forrageiras, especialmente nos campos nativos situados em solos mais rasos.

"As chuvas ajudaram na recuperação das forrageiras perenes de verão, mas o consumo ainda é limitado devido ao estresse térmico dos animais", destaca o levantamento. Para reduzir os impactos do vazio forrageiro, produtores já iniciaram o preparo do solo para a implantação de trigo destinado ao pastejo.

A situação varia entre as regiões do estado. Na área administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas estimularam a recuperação dos campos nativos, mas o déficit hídrico anterior favoreceu o crescimento de plantas não forrageiras. Em Caxias do Sul, o calor reduziu o pastoreio e afetou o desenvolvimento das forrageiras anuais, o que levou os produtores a anteciparem o preparo das pastagens de inverno.

Na região de Erechim, a combinação de calor e precipitação de 60 mm favoreceu o rebrote das pastagens, melhorando a oferta de alimento para os rebanhos. Em Frederico Westphalen, estratégias como a aplicação de ureia e dejetos de suínos foram adotadas para estimular o crescimento das forrageiras.

"A oferta de alimento melhorou nas áreas com maior precipitação, mas nas regiões mais secas as plantas estão mais fibrosas e com crescimento limitado", aponta o levantamento sobre a região de Ijuí. Em Passo Fundo, as chuvas não foram suficientes para manter a produtividade das espécies anuais de verão semeadas precocemente.

Na região de Pelotas, o campo nativo manteve boa oferta forrageira, com exceção de Herval, onde a menor disponibilidade de chuvas segue impactando o desenvolvimento das pastagens. Em Porto Alegre, o pastoreio ocorreu principalmente em áreas nativas e em locais infestados por arroz vermelho e pastagens anuais. "Mesmo com temperaturas elevadas, o crescimento das forrageiras melhorou com o aumento das chuvas", relata o boletim.

Já em Santa Maria, a falta de umidade prejudicou tanto os campos nativos quanto os cultivados, reduzindo a disponibilidade de forragem e dificultando a implantação de novas espécies. Na região de Santa Rosa, os produtores evitaram as roçadas para preservar o estande de gramíneas anuais e recorreram a alimentos conservados diante da escassez de pastagens.

Por outro lado, na área de Soledade, as condições climáticas favoreceram o crescimento das forrageiras. "Temperatura, radiação solar e umidade contribuíram para uma oferta adequada de pastagens com qualidade", conclui o levantamento.

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