Mercado de trigo: preços sobem no Sul
A média semanal do preço da pedra no Paraná subiu

Os preços do trigo registraram alta nos estados do Sul do Brasil, segundo informações da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, moinhos avaliam ofertas para retirada em abril a R$ 1.400,00 por tonelada no interior, mas produtores e armazenadores seguem focados na colheita da soja. Quando há ofertas, os valores variam entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00/t, dependendo do prazo de retirada. A moagem segue em ritmo lento, com margens pressionadas. O trigo futuro, a ser colhido em outubro/novembro de 2025, apresenta valores de R$ 1.330,00 CIF Moinhos e R$ 1.380,00 CIF Porto para trigo padrão moagem. O preço da pedra em Panambi subiu para R$ 72,00/saca.
Em Santa Catarina, os vendedores elevaram suas pedidas para R$ 1.500,00/t, tornando as contas dos moinhos ainda mais apertadas. Muitos relatam dificuldades na venda de farinhas e altos estoques, tanto de matéria-prima quanto do produto final, dificultando ajustes nos preços do trigo. A cotação do grão segue em R$ 1.500,00/t FOB, enquanto ofertas do Rio Grande do Sul a R$ 1.450,00/t FOB restringem as margens. Os preços da pedra variam no estado, com R$ 74,00/saca em Canoinhas, R$ 71,00 em Chapecó, R$ 79,00 em Joaçaba, R$ 80,00 em Rio do Sul, R$ 74,00 em São Miguel do Oeste e R$ 77,00 em Xanxerê.
No Paraná, o Deral reduziu a estimativa de produção para a safra 2025/26, prevendo 2,937 milhões de toneladas, 361 mil a menos do que a Conab. Apesar disso, o volume ainda seria 28% superior à safra de 2024. A área cultivada deve cair 20%, para 912,2 mil hectares, mas a produtividade média estimada de 3.221 kg/ha superaria os 2.047 kg/ha da temporada anterior. No mercado, o trigo tipo 1 é indicado a R$ 1.700,00/t para entrega em abril de 2025 e pagamento em maio.
A média semanal do preço da pedra no Paraná subiu para R$ 76,88/saca, com um avanço de 0,54% na semana. Com o custo de produção recuando para R$ 68,68/saca, o lucro médio do triticultor também aumentou de 10,70% para 11,94%. O cenário reforça a tendência de preços elevados, impulsionados por estoques apertados e custos de produção ajustados.