Mercado do milho apresenta tendência de alta
Perspectivas positivas para a safra brasileira
De acordo com a Análise do Especialista divulgada pela Grão Direto nesta segunda-feira (13), o mercado global de milho atravessa um momento de atenção, com projeções mistas e fatores que podem influenciar tanto a produção quanto a comercialização do grão em 2025. Entre as questões que ganham destaque estão a revisão das importações pela China, o aumento da produção nos Estados Unidos e no Brasil, além das movimentações no mercado financeiro, como aponta análise do USDA e da Conab.
A China, tradicional importadora de milho, teve sua projeção de compras revisada pelo USDA para 13 milhões de toneladas, o menor volume desde a safra 2019/20. Esse movimento coincide com uma oferta robusta dos Estados Unidos e expectativas otimistas para a segunda safra brasileira. No entanto, o aumento do consumo interno brasileiro pode não ser suficiente para compensar os efeitos da menor demanda internacional, o que poderia impactar os preços ao longo do ano.
Segundo a análise, nos Estados Unidos, a relação favorável de preços entre soja e milho (atualmente em 2,30 sacas de milho por saca de soja) deve incentivar os produtores a ampliar a área destinada ao grão na safra 2025/26. A previsão de menor preço da soja, impulsionada pela grande produção na América do Sul, reforça essa tendência, podendo aumentar a concorrência no mercado global.
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A segunda safra de milho no Brasil é uma das apostas para o equilíbrio da balança comercial. A Conab estima um aumento de 1% na área plantada e um crescimento de 1,8% na produção, com expectativa de atingir 92,6 milhões de toneladas. Condições climáticas favoráveis e o retorno à normalidade no ciclo da soja são fatores que trazem otimismo para a safra 2025, após um 2024 marcado por desafios.
O milho na Bolsa de Chicago apresentou tendência de alta, com as cotações do contrato para março de 2025 subindo de US$4,55/bushel para US$4,72/bushel em resposta ao relatório do USDA. O fechamento da última semana em US$4,70/bushel sugere a possibilidade de novas altas, caso o preço rompa a resistência de US$4,80. Em caso de falha no rompimento, os preços podem retornar para a faixa de US$4,60/bushel.
No Brasil, os preços também registraram alta, com a possibilidade de o milho ultrapassar a marca de R$75,00 na B3, refletindo diretamente no mercado físico em diversas regiões do país, conforme apontado pelo Grão Direto.