Guerra Comercial impacta soja e milho: Entenda
No mercado de milho, a semana foi marcada por forte volatilidade

Segundo a StoneX, as tarifas impostas por Donald Trump provocaram oscilações no mercado de soja e milho ao longo da última semana. Na terça-feira, a soja chegou a se aproximar de US¢990/bu, mas a suspensão das tarifas sobre Canadá e México até 2 de abril permitiu a recuperação dos preços, que fecharam a semana em US¢1025/bu, uma queda de 12,5 pontos.
No entanto, a China manteve a tarifa de 10% sobre a soja dos EUA, em vigor a partir de 10 de março, o que pode tornar a soja norte-americana menos competitiva no mercado chinês e aumentar a demanda pela safra brasileira. No Brasil, a colheita avançou, atingindo 60% das lavouras, enquanto a Argentina registrou chuvas benéficas para a produção.
No mercado de milho, a semana foi marcada por forte volatilidade. Com a divulgação das tarifas, os preços em Chicago caíram para menos de US¢465/bu, mas a postergação das medidas para Canadá e México ajudou na recuperação, com o milho encerrando a semana em US¢469,25/bu. A China impôs uma tarifa de 15% sobre o milho dos EUA, mas sua participação menor nas importações reduziu o impacto comercial. O Canadá, por sua vez, não taxou o setor de etanol, aliviando as preocupações do mercado norte-americano. Enquanto isso, o México, principal comprador de milho dos EUA, manteve silêncio sobre as tarifas.
Na América do Sul, o plantio da safrinha de milho avançou para quase 90%, mas a atenção do mercado se concentrou nas tensões comerciais. No Brasil, o feriado de Carnaval contribuiu para um fechamento em baixa na B3, com a saca do milho cotada a R$81,15, uma queda de 1,6% na semana. O cenário segue volátil, com os impactos da guerra comercial influenciando diretamente as cotações e favorecendo a competitividade dos grãos sul-americanos.