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RS: milho avança com expectativa de redução na área cultivada

Semeadura da cultura está em andamento



Foto: Nadia Borges

Nesta quinta-feira (05), a Gerência de Planejamento divulgou o Informativo Conjuntural sobre o cultivo de milho no Rio Grande do Sul. Segundo o relatório, a semeadura da cultura está em andamento, com destaque para o avanço no quadrante Noroeste do Estado, especialmente nas áreas próximas ao Rio Uruguai, onde as características microclimáticas mitigam o risco de geadas tardias. Em outras regiões, a preparação das áreas está em curso, e a semeadura ainda é incipiente. O ritmo de plantio varia conforme a umidade do solo e as previsões de aumento das temperaturas.

O relatório indica uma expectativa de redução na área cultivada em comparação à safra anterior, devido aos altos custos de produção, à baixa margem de remuneração e à presença recorrente da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). As lavouras semeadas com antecedência, atualmente no início do desenvolvimento vegetativo – germinação e emergência –, apresentam um estande satisfatório.

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As geadas que ocorreram entre 25 e 26 de agosto não causaram danos nas plantas germinadas. Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar projeta um cultivo de 748.511 hectares, com produtividade estimada em 7.116 kg/ha.

Na região administrativa de Bagé, a semeadura está mais avançada, especialmente em áreas de alto nível tecnológico, com um estande de plantas satisfatório. No entanto, algumas áreas mais úmidas sofreram falhas devido a chuvas volumosas e precisarão de replantio. Pequenos produtores em Maçambará e Itacurubi enfrentam apreensões devido ao atraso na entrega das sementes de um programa de fomento estadual. A janela segura para materiais de ciclo longo encerrou-se em 31 de agosto, e a semeadura em setembro deverá utilizar materiais de ciclo precoce, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).

Em Caxias do Sul, a semeadura começou, mas está lenta devido às baixas temperaturas e à formação de geadas. Em Erechim, a maioria dos produtores continua com o preparo das áreas e a semeadura. Nas regiões lindeiras ao Rio Uruguai, a atividade está mais adiantada, e as lavouras estão em estágio inicial de desenvolvimento vegetativo.

Na região de Frederico Westphalen, a ausência de precipitações e a redução da umidade do solo resultaram em um ritmo mais lento de semeadura. Há necessidade de reposição de umidade para a continuidade do plantio. Apesar das temperaturas baixas, a emergência das plantas tem sido satisfatória e a incidência de cigarrinha-do-milho é menor em comparação com a safra passada.

Em Ijuí, cerca de 25% das lavouras foram semeadas. A umidade do solo favoreceu a deposição de sementes e a distribuição de corretivos e fertilizantes. As lavouras iniciais estão em germinação e emergência, com pequena desuniformidade devido às baixas temperaturas. As geadas não causaram danos significativos.

Na região de Santa Rosa, a umidade do solo acelerou a semeadura, com 64% das áreas implantadas. As lavouras apresentam bom estande e estão em desenvolvimento vegetativo. As áreas recentes necessitam de precipitações para garantir um estande satisfatório. A geada não causou danos, e os produtores estão aplicando inseticidas para controlar a cigarrinha-do-milho. Em Soledade, o preparo das áreas e a semeadura estão em andamento, com as áreas em germinação e início de desenvolvimento vegetativo bem estabelecidas e sem danos por geadas.

No mercado, o valor médio da saca de milho, de acordo com o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, caiu 1,33% em relação à semana anterior, passando de R$ 58,00 para R$ 58,40.

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