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Preços do trigo em alta em Santa Catarina e no Brasil

As cotações do trigo seguem firmes no mercado brasileiro


Foto: Canva

Em junho de 2024, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo continuaram a subir, registrando um aumento de 5,73% em relação ao mês anterior, conforme dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) no Boletim Agropecuário de julho. Apesar desse aumento mensal, a variação anual ainda é negativa, com uma queda de 2,17% em termos nominais. No Rio Grande do Sul, o preço médio mensal subiu 6,30%, com um aumento anual de 5,16%. Já no Paraná, o preço médio do trigo no mercado-balcão registrou uma alta de 7,31% em junho.

As cotações do trigo seguem firmes no mercado brasileiro, sustentadas por baixos estoques internos, especialmente para trigo de qualidade superior. A última safra ofereceu trigo de qualidade comercial muito ruim, aumentando a demanda por grãos de melhor qualidade. Em julho, os preços da saca de trigo continuam a subir, com a média estadual cotada a R$ 68,89 na primeira semana do mês.

Segundo o relatório mensal do USDA/Wasde, as perspectivas para a safra global de trigo 2024/25 indicam uma menor oferta do cereal, com reduções na produção na Rússia, Ucrânia e União Europeia. No Brasil, a Conab estima que até a semana 26 (24 a 30/06/2024), 77,4% da área destinada ao cultivo do cereal já havia sido semeada. A previsão é de que 3,09 milhões de hectares sejam cultivados, uma redução de 11,3% em relação à safra anterior, mas com um aumento de 26,3% na produtividade, podendo alcançar 9,06 milhões de toneladas.

No Rio Grande do Sul, a Emater projeta uma produção de 4,1 milhões de toneladas para a safra de trigo 2024, um aumento de 55,27% em relação ao ano anterior, apesar da área plantada ter caído 12,84%. No Paraná, a estimativa é de 3,8 milhões de toneladas, um incremento de 5% em relação ao ano anterior, com uma produtividade que deve crescer 28%. As condições hídricas melhoraram, impulsionando a demanda por sementes, com 96% da área já plantada até a primeira semana de julho.

Em São Paulo, as altas temperaturas e a falta de chuva têm prejudicado o desenvolvimento das lavouras. Na Bahia, as lavouras estão em bom desenvolvimento, favorecidas pela alta luminosidade e baixas temperaturas noturnas. Em Minas Gerais, as lavouras de sequeiro apresentam produtividades abaixo do esperado. No estado de Goiás, a colheita das lavouras de sequeiro avança na região Leste, enquanto em Mato Grosso do Sul, a restrição hídrica tem comprometido muitas áreas.

Na região Sul Catarinense, as condições agronômicas para o desenvolvimento das lavouras de trigo seguem normais, com boa germinação e desenvolvimento vegetativo. No Meio Oeste, a alternância de dias ensolarados e chuvosos tem favorecido o plantio. No Planalto Sul, a queda de temperatura no último mês beneficiou o início das operações de plantio. No Oeste e Extremo Oeste, o clima foi favorável à semeadura, com boas condições para a germinação e desenvolvimento inicial das plantas.

A estimativa de área plantada em Santa Catarina foi reduzida em 10,4% em junho, mas a produtividade média estadual deve aumentar 56,1%, atingindo 3.493 kg/ha. A produção estimada deve crescer 39,8%, recuperando significativamente as perdas da safra passada. Até a semana 26, cerca de 49% da área destinada ao plantio já havia sido semeada, com 99% dessa área em boas condições.

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