NOAA confirma fim do La Niña e início da neutralidade no Pacífico
Fase de neutralidade deve se manter até outubro

Nesta quinta-feira (10), a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) anunciou o fim do fenômeno La Niña. Após meses de condições incomuns no Pacífico, o oceano voltou a registrar temperaturas dentro da média, marcando o fim do evento que influenciou padrões climáticos globais, incluindo o aumento da precipitação no Norte do Brasil e a seca no Sul. Com a região central do Pacífico em condições de neutralidade desde março, a NOAA aponta que a tendência é de que a neutralidade climática se mantenha nos próximos meses, com uma probabilidade de mais de 50% de persistir até o trimestre de agosto a outubro de 2025.
Clique aqui e acesse AGROTEMPO
O que é o La Niña?
O fenômeno La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico equatorial central, o que altera o padrão climático mundial. Quando o La Niña ocorre, os ventos alísios se intensificam, fazendo com que o Pacífico central receba menos chuvas. Esse fenômeno tem grandes impactos em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil, onde causa um aumento das chuvas no Norte, enquanto as condições mais secas afetam o Sul do país. Essa fase do fenômeno também influencia a formação de tempestades e altera padrões de temperatura em diversas partes do globo.
O que é o El Niño?
O El Niño é o fenômeno climático oposto ao La Niña, caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial central. Esse aquecimento altera a circulação atmosférica, o que resulta em modificações no clima mundial. O El Niño é associado ao aumento das chuvas no Sul do Brasil, podendo causar inundações, enquanto o Norte do país pode enfrentar um período de seca. Além disso, o El Niño tende a afetar também a formação de ciclones tropicais e pode provocar mudanças significativas nos padrões climáticos globais.
Fase de Neutralidade Climática
Estar em uma fase de neutralidade significa que as condições oceânicas e atmosféricas não estão sendo influenciadas por nem El Niño nem La Niña. Nesse período, as temperaturas do Pacífico estão dentro da média histórica, sem os extremos que caracterizam os dois fenômenos. A neutralidade climática tende a resultar em um cenário climático mais estável, sem os grandes desvios nas precipitações ou nas temperaturas observados durante os eventos de El Niño ou La Niña. Para o Brasil, isso pode representar uma maior previsibilidade climática, com menos incertezas sobre as chuvas e secas.