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Alta nas pedidas movimentam o mercado de trigo no Sul

Em Santa Catarina, o mercado local também registra aumento nas pedidas



Em Santa Catarina, o mercado local também registra aumento nas pedidas Em Santa Catarina, o mercado local também registra aumento nas pedidas - Foto: Pixabay

Segundo análise da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil segue pressionado por elevação nas pedidas dos vendedores e por um cenário de indefinição, principalmente no Rio Grande do Sul. No estado, os vendedores estão pedindo entre R$ 1.550 e R$ 1.580 por tonelada de trigo pão, enquanto o branqueador está sendo cotado de R$ 1.600 a R$ 1.650. 

Do lado comprador, as ofertas giram em torno de R$ 1.500, o que trava as negociações. A farinha teve reajuste de 15% para recompor estoques mínimos, mas o mercado permanece frio. O trigo importado também pressiona: moinhos que compraram trigo argentino a US$ 259/t agora veem ofertas a US$ 285/t FOB Rio Grande, com tendência de alta.

Para a próxima safra, os moinhos iniciaram ofertas a R$ 1.380 no interior gaúcho, mas exportadores já indicam R$ 1.400 FAS no porto, equivalente a US$ 238/t FOB. Em anos anteriores, moinhos chegaram a igualar as ofertas portuárias para garantir abastecimento. Considerando que dezembro é tradicionalmente o mês de menor preço, o viés é de alta nos próximos meses. Em Panambi, os preços da pedra seguem estáveis em R$ 74/saca.

Em Santa Catarina, o mercado local também registra aumento nas pedidas, com negócios pontuais. Nesta semana, houve negociação de trigo local a R$ 1.520 FOB. Os preços pagos ao produtor mantiveram-se estáveis ou em leve alta: R$ 76/saca em Canoinhas, R$ 75 em Chapecó, R$ 79 em Joaçaba, R$ 80 em Rio do Sul e Xanxerê, e R$ 78 em São Miguel do Oeste.

No Paraná, o movimento de alta continua. Compradores spot indicam R$ 1.670 + ICMS CIF no norte do estado, enquanto o trigo diferido spot chega a R$ 1.700 CIF. Para a safra nova, as ofertas variam de R$ 1.450 a R$ 1.500 FOB para setembro, embora alguns vendedores estejam pedindo até R$ 1.700. A média estadual apurada pelo Deral subiu para R$ 80,04/saca, com um lucro médio de 8,85% sobre um custo de R$ 73,53, inferior aos 13,39% registrados anteriormente, mas ainda positivo para os triticultores.
 

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