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Produtor precisa ter cautela na safra 2025/26

“O produtor que estava endividado no fim de 24 acabou estendendo essa dívida para 25"



“O produtor que estava endividado no fim de 24 acabou estendendo essa dívida para 25" “O produtor que estava endividado no fim de 24 acabou estendendo essa dívida para 25" - Foto: Divulgação

O anúncio do Banco Central de um aumento da Selic para 14,25% acende um alerta para os produtores rurais brasileiros. Com essa alta, empréstimos e financiamentos bancários tornam-se mais caros e seletivos, o que torna o acesso ao crédito ainda mais difícil, especialmente para pequenos e médios produtores. O cenário de inadimplência crescente e pedidos de Recuperação Judicial (RJ) contribui para essa maior exigência de garantias por parte das instituições financeiras, dificultando o financiamento da safra 2025/26.

“O produtor que estava endividado no fim de 2024 acabou estendendo essa dívida para 2025. Diante desses riscos, as instituições bancárias que financiam a cadeia estão cautelosas exigindo mais garantias”, destacou, Vinícius Paiva, especialista de fusões e aquisições - M & A da Céleres.

Em meio a esses desafios, a safra recorde de grãos prevista para 2025, especialmente para a soja, com uma estimativa de 170 milhões de toneladas, oferece uma perspectiva positiva. No entanto, o produtor deve estar atento aos desafios logísticos e de armazenamento. A modalidade de Barter, que envolve a troca de insumos por produção, tem se destacado como uma alternativa em momentos de instabilidade financeira. Além disso, a taxa de câmbio favorável, com o dólar na casa de R$ 5,70, tem ajudado a melhorar as margens do produtor, especialmente em comparação com o ano anterior.

Apesar das previsões de uma safra robusta, o mercado de milho apresenta incertezas, principalmente devido ao clima imprevisível e a oferta limitada. No entanto, a demanda externa e interna tem contribuído para um cenário mais estável para o milho em relação à soja. Com isso, os especialistas indicam que, para a safra 2025/26, os produtores devem adotar uma postura cautelosa, controlando custos e evitando novos investimentos sem planejamento adequado. A diversificação de fontes de crédito e uma gestão eficiente são essenciais para enfrentar as incertezas do mercado.
 

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