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Safra de trigo do RS acompanha chuvas

No Paraná, as chuvas são motivo de preocupação para os produtores



Em Santa Catarina, os preços pagos aos agricultores começaram a mostrar reação Em Santa Catarina, os preços pagos aos agricultores começaram a mostrar reação - Foto: Canva

De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul está focado na entrada da nova safra, observando atentamente os impactos das chuvas na qualidade do grão. A colheita já atingiu 4% das áreas do estado, mas aproximadamente 5% delas registraram queda no PH (abaixo de 77), direcionando pequenos volumes para ração animal. No entanto, a maior parte do trigo colhido até o momento é considerada adequada para a indústria.

Em Santa Catarina, os preços pagos aos agricultores começaram a mostrar reação, principalmente devido à movimentação dos moinhos que continuam se abastecendo no sudoeste do Paraná. Nesta região, os preços são mais baixos, girando em torno de R$ 1.400 FOB, o que é favorecido por um custo de frete menor. Além disso, alguns moinhos catarinenses possuem armazéns no Rio Grande do Sul e estão aguardando a entrada efetiva da safra para iniciar as compras. A baixa demanda por farinha, influenciada pelos preços reduzidos, tem atrasado o fluxo de compra de grãos.

No Paraná, as chuvas são motivo de preocupação para os produtores, pois podem comprometer a qualidade do trigo que ainda não foi colhido. O trigo importado do Paraguai continua competitivo, com preços subindo para R$ 1.430 CIF na região de Cascavel e R$ 1.460 CIF em Ponta Grossa, embora as ofertas dos compradores estejam em declínio. O mercado local segue estável, com os preços de balcão firmes, enquanto cooperativas e cerealistas disputam o produto para armazenagem.

Os preços no mercado de lotes no Paraná variam conforme a região. No norte do estado, as ofertas partem de R$ 1.450 por tonelada, enquanto no sudoeste, os lotes são vendidos a partir de R$ 1.400/t FOB. Esses lotes estão sendo disputados por compradores catarinenses e gaúchos, uma vez que a colheita no Rio Grande do Sul ainda não se consolidou. Esse cenário reflete a cautela dos compradores em garantir o abastecimento antes que a nova safra avance.
 

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