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Rio Negro sobe após 109 dias

Recuperação completa dos rios da região dependerá das chuvas nas próximas semanas



Foto: Reuters

Após um período de 109 dias sem alta em seu nível, o Rio Negro em Manaus voltou a subir entre domingo (13) e segunda-feira (14), registrando um aumento de dois centímetros e atingindo 12,13 metros. A elevação oferece um sinal de esperança, mas o histórico de medições e o ciclo natural de vazante na região mostram que ainda não é o fim da seca severa que assola o Amazonas.

Dados do Painel do Clima Amazonas revelam que a última elevação significativa ocorreu em 16 de junho, quando o rio alcançou 26,85 metros — o ponto máximo da cheia. Em seguida, os níveis estabilizaram e iniciaram a queda a partir de 23 de junho, dando início à longa vazante.

A estiagem atual é uma das mais graves dos últimos tempos, com impacto direto em comunidades ribeirinhas e na biodiversidade local. Segundo o boletim de estiagem atualizado em 15 de outubro, mais de 23 mil focos de calor foram registrados no estado entre 30 de abril e 14 de outubro. A situação afeta severamente a qualidade do ar em Manaus, que chegou a níveis moderados, com 26 µg/m³ de material particulado PM2,5 registrados pela estação de monitoramento ambiental no último dia 15.

Além disso, o Corpo de Bombeiros combateu 20.976 incêndios nesse período, com 2.420 ocorrências na capital e 18.556 no interior. A seca tem forçado a adoção de medidas emergenciais, com mais de 200 mil pessoas e 800 mil famílias afetadas diretamente pela crise hídrica

A recuperação completa dos rios da região dependerá das chuvas nas próximas semanas, essenciais para aliviar os impactos socioambientais e econômicos causados pela seca.

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