Produção de algodão deve crescer 3% na China

Segundo estimativa do relatório de outubro World Agricultural Production (WAP), publicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de algodão da China para o ano de comercialização 2024/25 deverá alcançar 28,2 milhões de fardos de 480 libras. O número representa um aumento de 0,4 milhão de fardos ou 1% em relação ao mês anterior e um crescimento de 3% em comparação ao ano passado, mantendo-se dentro da média dos últimos cinco anos.

A área colhida de algodão está estimada em 2,9 milhões de hectares, mantendo-se inalterada em relação ao mês e ao ano anteriores, mas 6% abaixo da média de cinco anos. O rendimento do algodão na China também registrou alta, estimado em 2.154 quilos por hectare, o que representa um aumento de 1% em relação ao mês passado e de 3% em comparação ao ano anterior. O rendimento médio dos últimos cinco anos foi de 2.034 quilos por hectare, o que significa um crescimento de 6%. Esse incremento na produtividade é impulsionado principalmente pela província de Xinjiang, onde a produção de algodão é quase o dobro em comparação com outras regiões do país.

Xinjiang, responsável por aproximadamente 90% da produção total de algodão da China, utiliza métodos de agricultura altamente mecanizados. Segundo o Departamento de Estatísticas da Província de Xinjiang, cerca de 41% da produção de algodão é gerida pela Xinjiang Production and Construction Engineering Corp (PCC), enquanto os 59% restantes provêm do Sistema Cooperativo Local. Durante a temporada de cultivo, que ocorre de abril a outubro, as análises satelitais indicaram que as condições nas principais áreas produtoras foram excepcionalmente favoráveis. A boa disponibilidade de água para irrigação e as condições climáticas ideais durante a estação foram fatores determinantes para os rendimentos acima da média observados, conforme dados do USDA.

A colheita já está em andamento em Xinjiang, onde a estação de cultivo teve início em abril, enquanto nas regiões do leste da China o plantio começou entre o final de abril e o início de maio. Apesar de uma redução estimada de 6% na área colhida em relação à média dos últimos cinco anos — principalmente em Xinjiang e nas áreas da Planície do Norte, no leste da China — o aumento da produtividade tem compensado essa redução, resultando em uma produção total maior que a do ano passado.