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 35% dos municípios estão sob risco de desastres

Segundo a Embratur, o turismo representa 8% do PIB do Brasil



 “Os quase dois mil municípios em risco no país representam praticamente 35% das cidades brasileiras"  “Os quase dois mil municípios em risco no país representam praticamente 35% das cidades brasileiras" - Foto: Pixabay

O Brasil possui diversos pontos turísticos naturais que atraem visitantes e impulsionam a economia local por meio do turismo e hotelaria. No entanto, muitas dessas áreas enfrentam riscos de desastres naturais. Um levantamento da Casa Civil do Governo Federal, divulgado no início de 2024, aponta que 1.942 municípios brasileiros estão sob risco, incluindo locais turísticos. Em novembro de 2023, por exemplo, a Cachoeira do Tabuleiro, em Minas Gerais, foi interditada devido a uma rachadura. Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, destaca que esses dados são um alerta importante.

 “Os quase dois mil municípios em risco no país representam praticamente 35% das cidades brasileiras, muitas das quais dependem do turismo que ocorre por conta dessas paisagens naturais. Isso nos alerta que é necessário investir em monitoramento e prevenção de acidentes e com bastante urgência, pois um eventual desastre pode gerar um impacto negativo imenso, tanto em relação ao turismo local quanto no risco de pessoas se acidentarem ou perderem a vida. Tivemos o caso emblemático do desabamento de pedras em Capitólio, cidade de Minas Gerais, para nos lembrar que a ação de acompanhamento constante do estado nesses lugares não pode ser deixada de lado”, diz.

Segundo a Embratur, o turismo representa 8% do PIB do Brasil, mas há potencial para mais, desde que se invista em segurança. Rogério Neves, da CPE Tecnologia, destaca que o Brasil possui tecnologias e profissionais capacitados para monitorar e prevenir acidentes, mas é necessário investimento público em tecnologia e formação especializada. Neves alerta que, apesar do conhecimento dos riscos, o poder público ainda permite tragédias evitáveis.

Ele ressalta a importância de monitorar construções complexas, como barragens e pontes, especialmente em regiões acidentadas, onde vivem quase 4 milhões de pessoas em áreas de risco. Ele menciona casos como Mariana e Brumadinho, destacando a necessidade de manutenção para evitar colapsos.
 

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