Queda no preço da soja em Chicago

A soja negociada em Chicago encerrou a quinta-feira, 18 de julho, com o bushel cotado a US$ 10,98, conforme análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). Na segunda-feira, 15 de julho, o valor havia atingido US$ 10,78, contrastando com US$ 11,42 registrado na semana anterior, marcando uma semana de declínios. O mercado trabalhou abaixo dos US$ 11,00/bushel na maior parte da semana, um patamar não visto desde novembro de 2020.

Esse movimento foi influenciado pelos números do relatório de oferta e demanda para 2024/25 do USDA, divulgado em 12 de julho. A futura safra dos EUA foi revisada para 120,7 milhões de toneladas, ante uma projeção anterior de 121,1 milhões em junho. Os estoques finais nos EUA foram reduzidos para 11,8 milhões de toneladas, comparados a 12,4 milhões em junho, com o ano de 2023/24 encerrando em 9,4 milhões de toneladas. A produção mundial de soja está agora estimada em 421,8 milhões de toneladas, frente a 395,4 milhões no ano anterior, e os estoques finais mundiais atingem 127,8 milhões em 2024/25, comparados a 111,2 milhões no ano anterior. A produção brasileira foi projetada em 169 milhões de toneladas e a argentina em 51 milhões, enquanto a importação da China foi mantida em 109 milhões de toneladas. O preço médio da soja para produtores dos EUA em 2024/25 foi levemente reduzido para US$ 11,10/bushel.

Em 14 de julho, 68% das lavouras estadunidenses de soja estavam entre boas e excelentes, em comparação com 57% no mesmo período do ano passado. Aproximadamente 51% das lavouras estavam na fase de floração e 18% em formação de vagens.

Por outro lado, na semana encerrada em 11 de julho, os embarques de soja dos EUA totalizaram apenas 168.593 toneladas, abaixo das expectativas do mercado. No acumulado do ano comercial, o volume exportado soma 49,9 milhões de toneladas, 16% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA (NOPA) informou que, em junho, o esmagamento de soja somou 4,78 milhões de toneladas, um volume recorde para o mês, representando um aumento de 6,2% em relação a junho de 2023. No entanto, os estoques de óleo de soja recuaram 4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na China, as importações de soja em junho aumentaram 10,7% em comparação com o mesmo mês de 2023, totalizando 11,1 milhões de toneladas. Contudo, os embarques chineses de soja no primeiro semestre do ano caíram 2,2% em relação ao ano anterior, totalizando 48,5 milhões de toneladas. Para julho, as expectativas são de compras entre 12 e 13 milhões de toneladas, contra 9,7 milhões no mesmo mês do ano passado. A China está antecipando suas importações devido à possibilidade de uma vitória eleitoral de Trump nos EUA, o que pode resultar em novos impasses comerciais entre os dois países.