Soja sobe em Chicago após quedas recentes
A revisão para baixo da produção de soja na Argentina deu suporte aos preços
A soja fechou em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, refletindo ajustes e compras de oportunidade após duas quedas consecutivas. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de março, referência para a safra brasileira, encerrou estável em US$ 1.045,00 por bushel, enquanto o de maio subiu 0,09%, cotado a US$ 1.059,50. O farelo de soja para março teve alta de 0,27%, fechando em US$ 301,60 por tonelada curta, e o óleo de soja avançou 0,29%, negociado a US$ 45,13 por libra-peso.
Apesar da valorização do real frente ao dólar, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta que o Brasil exportará apenas 1,50 milhão de toneladas de soja em janeiro de 2025, volume 37% inferior ao mesmo período de 2023 e ligeiramente acima do embarcado em dezembro. Esse cenário, de acordo com a consultoria TF Agroeconômica, reduz o impacto negativo do câmbio sobre as cotações da oleaginosa.
Outro fator de suporte aos preços, neste momento, foi a revisão para baixo da produção de soja na Argentina, além da baixa adesão inicial dos exportadores ao programa de redução de tarifas anunciado pelo governo local. Nesse cenário, é possível afirmar que essas questões adicionaram incertezas ao mercado e impulsionaram os ajustes técnicos na CBOT.
No entanto, a colheita brasileira, ainda que atrasada, avança com expectativa de safra recorde, o que mantém uma pressão baixista sobre as cotações. Nesse contexto, o aumento da oferta global continua sendo um fator de preocupação para os investidores, limitando os ganhos expressivos nos preços futuros da soja.