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Controle biológico reduz custos e amplia segurança rural

Cepas do IB estão em 70% dos bioinsumos nacionais



Foto: Canva

O Instituto Biológico (IB), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), tem sido peça-chave na evolução do controle biológico das lavouras brasileiras.

De acordo com a SAA, há duas décadas, o IB firmou uma parceria com a empresa japonesa Toyobo para a difusão do fungo Metarhizium no combate à cigarrinha-da-cana, revolucionando o mercado de manejo de pragas. Atualmente, mais de 70% dos produtos microbiológicos fabricados no Brasil utilizam cepas desenvolvidas pela instituição. “A Toyobo teve um grande problema de contaminação por trichoderma no cultivo de shimejis. Pesquisei e descobri que o fungo é usado na agricultura como agente de controle biológico. Encontrei a difusão de conhecimentos pelo Instituto Biológico e participei do curso do Dr. José Eduardo em Campinas. Firmamos o convênio com o IB e iniciamos nossa atividade no controle biológico”, conta Minoru Takahashi, CEO da empresa.

O vínculo entre o Instituto Biológico e a Toyobo resultou na produção de diversas cepas para o controle biológico, que somadas, são aplicadas em mais de 10 milhões de hectares em todo o Brasil. “O impacto financeiro é importante, visto que as cepas são utilizadas em diferentes culturas, como soja, milho, citros, hortaliças e frutas”, complementa o pesquisador José Eduardo Marcondes.

O uso dessas cepas reduz custos ao diminuir a necessidade de inseticidas químicos, que dependem de moléculas importadas. Além dos benefícios financeiros, a adoção do controle biológico fortalece a segurança dos trabalhadores rurais, minimizando riscos de contaminação no manejo agrícola.

Outro reflexo positivo está no crescimento da indústria de bioinseticidas, que se expande a uma taxa de 20% ao ano e gera novas oportunidades de emprego para profissionais técnicos e especialistas do setor.

A aplicação dessas tecnologias promove uma agricultura mais sustentável e regenerativa. Estima-se que o controle biológico já tenha reduzido em pelo menos 30% o uso de defensivos químicos em diversas culturas, com projeção para alcançar 50% até 2050.

Para os pesquisadores do IB, José Eduardo Marcondes de Almeida e Ricardo Harakava, a parceria com a Toyobo e outras empresas é um marco para a modernização do setor. A tendência é que a agricultura do futuro combine maior produtividade com soluções biológicas inovadoras, como biofertilizantes e bioestimulantes, garantindo solos mais saudáveis e maior eficiência produtiva.

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