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Exportação de milho pode cair com alta do consumo

Brasil pode ganhar espaço no mercado chinês



Foto: Pixabay

A colheita da segunda maior safra de milho da história no Brasil, estimada em mais de 120 milhões de toneladas, não deve se traduzir em um aumento proporcional das exportações. Apesar da elevada oferta, a demanda interna crescente, puxada pelas usinas de etanol, tende a manter os preços sustentados no mercado doméstico.

De acordo com a análise da Grão Direto, divulgada nesta terça-feira (22), o consumo interno deve absorver uma parcela maior da produção neste ciclo, especialmente se houver impactos climáticos no fim do desenvolvimento das lavouras. Com isso, o excedente disponível para exportação pode ser menor, o que ameaça a posição do Brasil como o segundo maior exportador mundial do cereal.

Esse cenário pode influenciar diretamente o planejamento de safra dos produtores, que passam a considerar o milho como opção mais rentável em comparação à soja, especialmente na Safra Verão. A Conab indica que, nas principais regiões produtoras, as condições climáticas são variadas. Em estados como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, a regularidade das chuvas favorece o bom desenvolvimento das lavouras. Já em regiões como Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul, a escassez de precipitações tem gerado preocupações com a produtividade.

A irregularidade climática no Centro-Sul do Mato Grosso do Sul causou perdas, enquanto no norte do estado as lavouras continuam com bom desempenho, aponta a análise. No Piauí, o desenvolvimento das plantações é considerado regular, refletindo condições menos favoráveis.

Nos Estados Unidos, o plantio da safra 2025/26 segue em ritmo dentro da média histórica. No entanto, o clima mais frio no Meio-Oeste americano pode gerar atrasos nas próximas semanas. O mercado monitora a situação, atento à possibilidade de maior volatilidade nos preços, diante da expectativa de uma safra robusta no país. Ao mesmo tempo, a continuidade das tensões comerciais entre China e EUA afeta a demanda chinesa e pode abrir novas oportunidades para o milho brasileiro no mercado internacional.

O mercado interno de milho seguirá sustentado pela demanda, mas a recente queda nas cotações na B3 causou pressão negativa no mercado físico, sendo vista como uma correção de preços saudável. Apesar dessa correção, o cenário permanece favorável, com preços ainda favoráveis devido à manutenção da demanda, destaca o relatório.

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