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Preço do tabaco: produtores e indústria avançam sem acordo

Nova rodada de negociação do tabaco será em fevereiro



Foto: Pixabay

Nos dias 14 e 15 de janeiro, cinco empresas fumageiras participaram de reuniões com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) para definir os preços do tabaco da safra 2024/2025. Apesar da expectativa, nenhuma proposta foi formalizada, já que a Comissão Representativa dos Fumicultores exige reajustes que considerem não apenas o custo de produção, mas também a recuperação de perdas acumuladas em safras anteriores.

No tabaco Virgínia, duas empresas, China Brasil e UTC, ofereceram reajustes alinhados exclusivamente ao custo de produção. Já a Universal Leaf propôs, além do custo, um incremento de 1,05% para recuperação da tabela. A JTI, que já havia apresentado uma proposta em dezembro, revisou os valores para um reajuste de 10,50%, mas de forma não linear. A BAT, por sua vez, discordou dos custos previamente acordados com a Comissão e não apresentou nenhuma oferta. No caso do tabaco Burley, as empresas atenderam ou superaram as expectativas em relação ao custo de produção, o que foi bem recebido pela Comissão, conforme o informado pela Afubra.

A Afubra, em parceria com entidades como Farsul, Faesc, Faep, Fetag, Fetaesc e Fetaep, reforça que as negociações permanecem em aberto. Uma nova rodada está prevista para o início de fevereiro, com o objetivo de garantir a valorização dos produtores e fortalecer o sistema integrado de produção.

Francisco Eraldo Konkol, vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e presidente do Sindicato Rural de Irineópolis, acompanhou o processo e ressaltou que apesar dos desafios, ocorreram avanços nas negociações. O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, destacou o comprometimento da comissão representativa dos fumicultores. “Ficamos tranquilos porque o produtor está muito bem representado. Torcemos pelo sucesso das próximas reuniões, pois o êxito da comissão representativa dos fumicultores é o êxito do produtor”, afirmou.

Os fumicultores reforçam que ainda não encerraram as negociações e esperam que as empresas fumageiras revejam suas posições, especialmente no que se refere à valorização do produtor e à manutenção do sistema integrado de produção.

Percentuais de reajuste por empresa

Virgínia

  • Universal Leaf: 7,45%
  • China Brasil: 6,18%
  • UTC: 8,43%
  • BAT: 10,55%
  • JTI: 10,10%
  • Alliance One: 8,27%
  • CTA: 8,46%
  • Philip Morris: 8,58%
  • Premium: 8,60%

Burley

  • Universal Leaf: 0,66%
  • UTC: 2,49%
  • BAT: 7,01%
  • JTI: 5,19%
  • Alliance One: 3,99%
  • CTA: 3,58%
  • Premium: 0,83%
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