Portos do Arco Norte: 39% das exportações de milho e soja
“Os portos do Arco Norte mostram resultados que só crescem na última década"
Os portos do Arco Norte, que abrangem as regiões Norte e Nordeste acima do paralelo 16ºS, foram responsáveis por 39% das exportações brasileiras de milho e soja entre janeiro e outubro de 2024, movimentando 47,7 milhões de toneladas. Os dados são do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que acompanha mensalmente a atividade portuária no país.
O desempenho se destaca mesmo em meio à seca severa enfrentada pela região nos últimos meses. Para o diretor-presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (AMPORT), Flávio Acatauassú, os resultados refletem anos de investimentos em infraestrutura portuária, sustentabilidade e tecnologia. “Os portos do Arco Norte mostram resultados que só crescem na última década. Temos uma vocação natural na nossa região, com amplos rios navegáveis e estamos sempre investindo pesado para a melhoria dos nossos serviços. Somos competitivos do ponto de vista da logística e temos expertise em oferecer soluções mais econômicas e viáveis para nossos clientes, além de aliarmos tudo isso à sustentabilidade e preocupação ambiental”, detalhou o executivo.
Segundo a ANTAQ, os estados do Pará e Amazonas foram os principais responsáveis pelo volume exportado no Arco Norte. 59,4% das exportações de milho e soja da região passaram pelos portos amazônicos, com destaque para os complexos portuários desses dois estados.
No caso do milho, o desempenho foi ainda mais expressivo: 80% das exportações pelo Arco Norte saíram de portos no Pará e no Amazonas, consolidando a posição estratégica da região como um dos principais corredores logísticos para o agronegócio brasileiro. “Essa movimentação nos orgulha e nos enche de mais entusiasmo para continuarmos trabalhando ainda mais pelo crescimento do setor no Arco Norte. Atualmente, temos uma capacidade instalada de 52 milhões de toneladas e já há investimentos em andamento para mais 48 milhões de toneladas de granéis. Ou seja, teremos uma capacidade de embarque de cerca de 100 milhões de toneladas de grãos nos próximos cinco anos. Estamos preparados para essa crescente demanda e nos modernizando ainda mais para continuarmos crescendo de forma competitiva”, finalizou Acatauassú.