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Outono de 2025 terá clima seco e risco de geadas, alerta meteorologista

Outono inicia no dia 20 de março



Foto: Pixabay

O Outono de 2025 se aproxima, tendo início no dia 20 de março. A estação deve trazer um cenário climático favorável para a colheita de grãos no Brasil, mas com desafios para o desenvolvimento das lavouras de inverno.  Segundo o meteorologista Gabriel Luan Rodrigues, do Portal Agrolink, a redução das chuvas facilitará a entrada de máquinas nas lavouras, beneficiando as colheitas de soja e milho no Centro-Oeste, Sudeste e Sul. No entanto, a mesma condição pode impactar negativamente a implantação de culturas como trigo, aveia e cevada.

A menor umidade no Sul preocupa os produtores de grãos de inverno. "Na região Sul, onde se concentra grande parte da produção nacional de trigo, cevada e aveia, as chuvas abaixo da média são um ponto crítico, especialmente após um verão mais seco, que resultou em baixos estoques de água no solo", explica Rodrigues.

Além disso, há risco de geadas precoces entre o fim de abril e meados de maio, o que pode comprometer as lavouras recém-implantadas.

O Sudeste enfrentará um outono com chuvas dentro da média, mas a pouca umidade acumulada no verão pode dificultar o crescimento das culturas de inverno. "O verão relativamente seco já deixou solos com menor disponibilidade hídrica, e com chuvas previstas dentro da média histórica no outono, pode faltar umidade suficiente para garantir um bom desenvolvimento inicial das culturas de inverno, como milho, feijão e hortaliças", alerta Rodrigues.

Na região Centro-Oeste, o tempo seco favorecerá a colheita de soja e milho verão, proporcionando maior agilidade nas operações agrícolas. No entanto, Rodrigues destaca que "temperaturas acima da média histórica combinadas com chuvas dentro da média podem trazer um quadro de restrição  para as culturas implantadas durante a safrinha, especialmente o milho e a safra de algodão".

No Nordeste, onde muitas lavouras dependem de irrigação, o impacto climático será menor. "Áreas agrícolas não irrigadas ou com baixa capacidade de armazenamento de água, a redução da precipitação pode prejudicar o desenvolvimento das culturas anuais como milho, feijão e algodão, afetando negativamente os rendimentos finais", pontua o meteorologista.

No Norte, a redução das chuvas pode impactar os níveis dos rios, prejudicando o transporte de produtos agrícolas. "Embora as temperaturas estejam previstas dentro da média histórica, a redução hídrica poderá exigir maior cautela dos agricultores, especialmente na escolha das culturas e no manejo do solo e dos recursos hídricos disponíveis durante a estação", ressalta Rodrigues.

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