Sorgo inteligente reduz emissões e custos
A pesquisa foca na característica de inibição biológica da nitrificação
Uma equipe de pesquisa da Texas A&M AgriLife está desenvolvendo variedades de sorgo com o objetivo de reduzir a fuga de nitrogênio, diminuindo os custos com insumos e as emissões de gases de efeito estufa. O projeto é liderado pela Dra. Nithya Rajan, recém-nomeada diretora do Centro de Gestão de Gases de Efeito Estufa da Agricultura e Silvicultura. Ela é fisiologista agrícola da AgriLife Research e professora no Departamento de Ciências do Solo e Culturas da Texas A&M.
Iniciado há cinco anos, o estudo “Sistemas inovadores de produção à base de sorgo com propriedades biológicas de inibição da nitrificação” já apresenta resultados promissores. A pesquisa foca na característica de inibição biológica da nitrificação (BNI), que impede a conversão do amônio em nitrato, reduzindo a perda de nitrogênio e a emissão de óxido nitroso, um potente gás de efeito estufa.
A Dra. Rajan e a Dra. Sakiko Okumoto, fisiologista de plantas da AgriLife Research, testaram genótipos de sorgo com a característica BNI durante três anos. Os dados mostram uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa e indicam que o sorgo pode melhorar a eficiência do uso de fertilizantes. A pesquisa também identificou genes específicos responsáveis pela característica BNI, permitindo um aprimoramento direcionado das linhagens de sorgo.
Além do sorgo para grãos e forragem, a equipe está explorando o sorgo bioenergético, uma variedade que não produz grãos e oferece maior tolerância à seca e rendimento de biomassa. O objetivo é desenvolver um sorgo climaticamente inteligente que possa reduzir custos e a pegada ambiental da produção agrícola, oferecendo um potencial benefício tanto econômico quanto ambiental para os produtores.