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Perspectivas mistas para a produção de citros

Chuvas regulares favorecem citros no estado



Foto: Seane Lennon

Dados divulgados no último Informativo Conjuntural pela Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (19), apontam avanços e desafios na safra de citros em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Na região administrativa de Lajeado, o destaque é a colheita de limão Tahiti, com a caixa de 20 quilos comercializada a R$ 90,00. A colheita das demais espécies cítricas já foi encerrada, e as podas estão em fase final, com chuvas regulares favorecendo o desenvolvimento da próxima safra.

Em Pareci Novo, a regularização de viveiros de mudas cítricas tem recebido atenção especial, com a prefeitura local promovendo campanhas de conscientização e parcerias para consultoria técnica. Apesar desse avanço, produtores demonstram preocupação com a emissão de notas fiscais pelo sistema da Nota Fiscal Fácil, cuja adaptação ainda gera dúvidas.

Já em São José do Hortêncio, a colheita está praticamente finalizada, exceto para a laranja Valência, que segue até fevereiro. Os preços médios da caixa de 20 quilos variam entre R$ 45,00 para a indústria e R$ 70,00 para consumo in natura. Problemas pontuais foram observados, como a queda de frutos nas variedades precoces de bergamota, embora os danos tenham sido restritos a poucos pomares.

No município de Bom Princípio, os pomares de bergamota estão em fase de formação de frutos, e o raleio ainda não foi realizado. Em relação às laranjas, apesar da boa floração na primavera, a safra de 2025 enfrenta perspectiva de baixa produtividade devido a fatores como "chuva preta" originada de queimadas na Amazônia, ausência de tratamento preventivo contra podridão-floral e baixa população de abelhas durante a floração.

O mercado para o limão Tahiti também apresenta oscilações. A colheita permanece reduzida, mas há um bom número de frutos em formação. Contudo, o preço caiu, com a caixa de 20 quilos sendo vendida entre R$ 80,00 e R$ 90,00.

As condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento geral das culturas, mas desafios como controle de doenças, manejo técnico e questões mercadológicas ainda exigem atenção dos produtores para garantir boas perspectivas futuras.

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