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Glifosato: herbicida popular na agricultura

A resistência de plantas daninhas ao glifosato tem sido um desafio crescente



Foto: Divulgação

Os herbicidas à base de glifosato desempenham papel central na agricultura brasileira e global. Sua aplicação no manejo de plantas daninhas tornou-se ainda mais expressiva após o desenvolvimento de culturas resistentes ao produto. Além disso, o glifosato facilitou a expansão do sistema de plantio direto, contribuindo para a sustentabilidade agrícola, conforme as informações divulgadas pela engenheira-agrônoma e mestra em agronomia, Tatiza Barcellos publicado no Blog da Aegro.

O glifosato é um composto organofosforado, utilizado como ingrediente ativo em mais de 750 agroquímicos. Apesar de sua eficácia contra plantas invasoras anuais e perenes, ele não atua diretamente sobre sementes presentes no solo. Também é amplamente empregado no controle de espécies aquáticas.

Segundo as informações da publicação, formulado para aplicação em pós-emergência, o glifosato apresenta ação sistêmica e não seletiva. Sua pulverização sobre as folhas permite que a substância seja absorvida e transportada por toda a planta, interferindo em sistemas enzimáticos. Os efeitos podem ser notados dias ou semanas após a aplicação, resultando na morte das plantas daninhas.

A resistência de plantas daninhas ao glifosato tem sido um desafio crescente no Brasil. Espécies como azevém, buva, capim-amargoso e caruru já apresentam resistência comprovada ao herbicida.

Esse fenômeno é atribuído ao uso intensivo do produto, especialmente em lavouras transgênicas de soja, milho e algodão. A aplicação repetitiva cria pressão seletiva, favorecendo a sobrevivência de espécies resistentes.

Para evitar a seleção de plantas resistentes, especialistas recomendam a rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Essa prática amplia o controle sobre as espécies invasoras e reduz a dependência exclusiva do glifosato.

O glifosato é autorizado para uso em diversas culturas, como:

Além disso, ele é utilizado como maturador em cana-de-açúcar, dessecante em aveia e soja, e para controle de rebrota em eucalipto. Sua versatilidade permite aplicações variadas em pós-emergência.

Entre os benefícios, destacam-se:

  • Baixo custo;
  • Facilidade de aplicação;
  • Flexibilidade de uso;
  • Controle eficaz sobre várias espécies invasoras;
  • Rápida degradação no solo.

Contudo, a resistência de plantas daninhas e os debates sobre impactos ambientais e à saúde exigem um uso criterioso e responsável do herbicida.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reavaliou recentemente a segurança do glifosato. Concluiu-se que não há evidências suficientes para classificá-lo como mutagênico ou cancerígeno em humanos e animais. Assim, sua comercialização e uso continuam permitidos no país, conforme o informado pela engenheira-agrônoma.

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