Coinoculação em milho é uma revolução
“Os resultados foram mais evidentes em áreas que enfrentaram limitações climáticas"
A coinoculação no cultivo de milho é uma realidade no Brasil, impulsionada pela crescente adoção de biossoluções inovadoras. Segundo Kássio Okuyama, da Biosphera AgroSolutions, o uso de microrganismos como Azospirillum brasilense, Pseudomonas fluorescens e bactérias do gênero Bacillus tem transformado a produção agrícola, promovendo maior tolerância a estresses ambientais e otimizando a interação entre plantas e solo.
“Com o passar dos anos outros microrganismos com mecanismos diferenciados foram introduzidos neste processo e ganharam espaço no mercado, trazendo esta possibilidade para outras culturas como o milho, por exemplo”, explica. “No entanto, biossoluções modernas com microrganismos com novas ações para essa prática no cereal já estão disponíveis para serem utilizadas nas lavouras”, destaca o especialista.
Produtos como o BioStart, que combina Azospirillum e Pseudomonas, e o BioAction PRO, um consórcio de Bacillus aryabhattai e B. licheniformis, exemplificam essa evolução. Ambos oferecem benefícios como maior solubilização de nutrientes e resistência à seca, refletindo no aumento da produtividade e sustentabilidade agrícola.
André Nakatani, gerente de PD&I da Biosphera, destaca um incremento médio de 9,3 sc/ha na produtividade do milho safrinha ao usar essas tecnologias, especialmente em áreas afetadas por restrições climáticas. O sucesso das coinoculações reafirma o papel das biossoluções na modernização do agronegócio brasileiro. Ele finaliza reforçando que “os resultados foram ainda mais evidentes em áreas que enfrentaram limitações climáticas”.