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Tokenização de ativos pode atingir US$ 19 trilhões até 2033

O estudo aponta três fases de adoção



O estudo aponta três fases de adoção O estudo aponta três fases de adoção - Foto: Pixabay

Um estudo da Ripple em parceria com o Boston Consulting Group (BCG) estima que o mercado global de tokenização de ativos do mundo real (RWAs) pode chegar a US$ 19 trilhões até 2033, um salto expressivo frente aos US$ 600 bilhões atuais. A previsão aponta para uma taxa média de crescimento anual de 53%, puxada principalmente pela adoção crescente por grandes instituições financeiras, que enxergam na tecnologia uma forma de modernizar seus processos.

Segundo Tibor Merey, sócio do BCG, a tokenização transforma ativos financeiros em instrumentos programáveis e interoperáveis, com registros em blockchain que permitem transações contínuas, propriedade fracionada e conformidade automatizada. Esses benefícios tendem a atrair cada vez mais empresas, criando um ciclo de crescimento contínuo entre oferta e demanda por ativos digitais.

O estudo aponta três fases de adoção. A primeira foca em ativos de menor risco, como fundos de mercado monetário e títulos. A segunda representa a expansão institucional com maior escala. Já a terceira depende de avanços estruturais: regulação clara, especialmente nos EUA,, maturidade da infraestrutura blockchain e desenvolvimento de carteiras digitais e serviços de custódia.

Com a possibilidade de tokenizar ativos de diversos setores, o agronegócio surge como uma fronteira promissora. Em 2023, o comércio agrícola e pecuário global movimentou US$ 2,32 trilhões, segundo a OMC. Embora a tokenização ainda esteja concentrada em ativos financeiros, estima-se que o valor de ativos potencialmente tokenizáveis alcance US$ 26 trilhões até 2030. No campo, a tecnologia pode permitir vendas diretas entre produtores e compradores, reduzir custos, aumentar a margem dos agricultores e facilitar a propriedade fracionada de ativos como silos e usinas.

Um exemplo prático é a Agrotoken, que transforma commodities agrícolas em tokens digitais via blockchain. Seus tokens são fungíveis e lastreados em recursos naturais. Segundo o CTO Ariel Scaliter, durante o Smart Summit, a empresa pretende tokenizar R$ 10 bilhões em 2025 com contratos já fechados. Além de tornar as transações mais seguras e eficientes, a solução da Agrotoken também fortalece a rastreabilidade e a segurança alimentar, abrindo espaço para novos modelos de negócio baseados em sustentabilidade e transparência.
 

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