Mercado de milho segue tendência de queda

Os preços do milho tiveram uma alta antecipada nesta temporada, impulsionados pelo atraso no plantio da safrinha, conforme aponta a TF Agroeconômica. No entanto, a situação foi normalizada graças ao avanço tecnológico dos maquinários agrícolas, tanto na colheita da soja quanto no plantio do milho. Dessa forma, a tendência para os preços no curto prazo é de queda até julho, quando a colheita será concluída. A expectativa é de que o mercado volte a subir no segundo semestre, à medida que os estoques forem consumidos pela indústria de carnes, etanol e exportações.  

A recomendação principal da TF Agroeconômica é que os produtores aproveitem os preços ainda favoráveis para vender milho agora e gerar caixa para o pagamento de contas em julho. Aguardar a colheita para vender pode ser arriscado devido ao excesso de oferta, o que historicamente leva a uma maior pressão baixista nos preços durante este período.  

Entre os fatores de baixa, a consultoria destaca a influência do clima favorável nos Estados Unidos, onde chuvas recentes e previsões de precipitações acima da média devem beneficiar o início do plantio da safra 2025/2026. Além disso, a possibilidade de um aumento de 1,5 milhão de hectares na área de milho nos EUA adiciona mais pressão ao mercado. No Brasil, a colheita da primeira safra e a regularização do plantio da segunda, somadas à queda nos preços das carnes e do etanol, também contribuem para o cenário de baixa.  

Por outro lado, os fatores de alta permanecem no médio e longo prazo. Caso ocorram problemas climáticos que afetem a produção americana, os preços podem reagir positivamente. A tendência histórica do mercado indica uma retomada a partir de agosto, quando a demanda das indústrias e exportadores começa a reduzir os estoques disponíveis, impulsionando uma valorização do cereal até o final do ano.