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Exportação de carne bovina enfrentará desafios 

“O mercado não está acompanhando essa relação de valorização"



A produção de carne bovina na China cresceu 3,59% em 2024 A produção de carne bovina na China cresceu 3,59% em 2024 - Foto: Pixabay

O setor de carne bovina brasileira encerrou 2024 com recorde histórico, consolidando o país como líder global em exportações. Segundo dados do MDIC e da Abiec, foram embarcadas 2,89 milhões de toneladas, um crescimento de 26% em relação a 2023. A China permaneceu como principal destino, seguida pelos Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. No entanto, para manter esse desempenho em 2025, o Brasil precisará enfrentar desafios como a disparidade do preço do boi e os altos custos logísticos.  

De acordo com Vanessa Silva, da Ramax Group, a diferença entre os preços internos e internacionais tem pressionado as margens da indústria. Além disso, o custo elevado do frete, pedágios e combustíveis impacta a competitividade do setor. Apesar disso, o apetite chinês segue forte: enquanto o Brasil consome cerca de 25 kg de carne bovina per capita ao ano, na China esse número é de apenas 6 kg, com potencial de crescimento impulsionado pelo aumento da renda e da demanda por proteínas.  

“O mercado não está acompanhando essa relação de valorização, desta forma, a compra está muito apertada e muitas vezes essa conta não fecha. Por isso precisamos focar na eficiência operacional”, destaca.

A produção de carne bovina na China cresceu 3,59% em 2024, reduzindo a dependência de importações e pressionando os frigoríficos brasileiros. Com essa mudança, torna-se essencial diversificar mercados. Os Estados Unidos e os Emirados Árabes aparecem como alternativas estratégicas, assim como mercados emergentes na Ásia. O Japão, por exemplo, está em negociações com o Brasil para ampliar a importação de carne bovina, reforçando laços comerciais que completam 130 anos em 2025.  

“Essa aproximação será excelente para o Brasil, pois sempre é bom ter mais opções de compradores para não ficarmos dependentes apenas de um país.  E como a Ásia não cria boi em larga escala, naturalmente vão pagar um preço melhor”, finalizou Mariana.
 

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