Como os mercados iniciaram o dia?
Para o milho, o mercado apresenta direções distintas

Segundo dados da TF Agroeconômica, as cotações da soja abriram esta quarta-feira (17/04) em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), com o contrato de maio cotado a US$ 1040,25 por bushel (+1,50), influenciado pela redução nos estoques de óleo de soja divulgada pela NOPA. No Brasil, o indicador Cepea avançou 1,03% no dia e acumula alta de 3,41% no mês, alcançando R$ 136,70/saca. No Paraguai, a soja para julho foi cotada a US$ 360,92 (+1,38). Apesar da valorização, há fatores limitantes no horizonte: a China deve receber 11 milhões de toneladas nos próximos 30 dias e adota postura cautelosa nas compras futuras.
Para o milho, o mercado apresenta direções distintas. Em Chicago, o contrato de maio recuava para US$ 483,50 (-0,75), pressionado por incertezas nas negociações com a União Europeia e queda na produção de etanol nos EUA, mesmo com a revisão para baixo dos estoques pelo USDA. No Brasil, os preços seguem trajetória de queda: R$ 77,02 na B3 (-1,56%) e R$ 83,78 pelo Cepea (-1,10% no dia e -4,48% no mês). A boa condição da safrinha mantém a pressão vendedora, e os analistas projetam recuperação nos preços apenas no segundo semestre. No Paraguai, as referências variam entre US$ 230 (maio) e US$ 235/195 (Oeste do PR).
Já o trigo registra valorização em Chicago, com o contrato de maio cotado a US$ 550,50 (+2,00), sustentado pela desvalorização do dólar frente ao euro, que favorece as exportações americanas. No Brasil, o trigo paranaense foi cotado a R$ 1.579,48 pelo Cepea (+0,02% no dia e +3,42% no mês), enquanto o gaúcho recuou 0,27%, para R$ 1.478,15, acumulando alta mensal de 2,13%. Apesar do otimismo momentâneo, o mercado observa a previsão de chuvas nos EUA e as tensões comerciais, como a exclusão da França na licitação de 600 mil toneladas pela Argélia.