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Auditores reforçam fiscalização do cacau

A cultura enfrenta desafios fitossanitários



A cultura enfrenta desafios fitossanitários A cultura enfrenta desafios fitossanitários - Foto: Divulgação

Celebrado em 26 de março, o cacau é um dos produtos mais emblemáticos da agropecuária brasileira, essencial para a produção de chocolates e derivados, especialmente com a proximidade da Páscoa. Em 2023, o Brasil produziu mais de 179,4 mil toneladas do fruto, com destaque para os estados do Pará e Bahia, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). Além da produção interna, o país também importa amêndoas de cacau, principalmente de Gana e Costa do Marfim, através do porto de Ilhéus (BA).  

A cultura enfrenta desafios fitossanitários, como doenças fúngicas que comprometem a produtividade. Entre as mais preocupantes estão a Podridão Parda, a Vassoura de Bruxa e a Monilíase, que juntas causam perdas globais de até 30% na produção. Desde a notificação da monilíase no Acre em 2021, a fiscalização foi intensificada para evitar a propagação da praga em outras regiões produtoras.  

“Este poderia ser o principal fator limitante da produção do cacau, a exemplo do que ocorreu na Costa Rica, em 1978, e no Peru em 1988. Daí, a importância de uma atuação rigorosa dos auditores fiscais federais agropecuários nos levantamentos fitossanitários de detecção da Monilíase do Cacaueiro nas regiões produtoras de cacau”, diz Antonio Zózimo de Matos Costa, chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura em Itabuna (BA).

Além de ser a base do chocolate, o cacau tem usos diversos: sua manteiga é utilizada na indústria farmacêutica e cosmética, a polpa serve para fabricar geleias, licores e sucos, e até a casca é aproveitada na alimentação animal. O fruto também traz benefícios à saúde, com propriedades antioxidantes e cardioprotetoras. As sementes também são utilizadas.

“A atuação dos auditores agropecuários é essencial para proteger a produção nacional e garantir que o cacau e seus derivados cheguem com qualidade e segurança ao consumidor. O controle sanitário previne impactos econômicos e fortalece a competitividade do Brasil no mercado global”, explica o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo.
 

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