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La Niña se aproxima: impactos climáticos no Rio Grande do Sul

Previsão indica evolução para um fenômeno La Niña


Foto: Pixabay

Os dados mais recentes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul apontam para a formação do fenômeno La Niña nos próximos meses. A transição do El Niño para uma fase neutra foi observada entre o final de maio e as últimas semanas de junho de 2024, com anomalias de temperatura da superfície do mar indicando um resfriamento gradual no Oceano Pacífico Equatorial.

Precipitação pluvial no primeiro semestre de 2024

O primeiro semestre de 2024 foi marcado por uma distribuição irregular da precipitação pluvial no Rio Grande do Sul. Em março, os maiores volumes de chuva foram registrados na faixa oeste e norte do estado, com destaques para Alegrete (446 mm) e Porto Vera Cruz (433,4 mm). Em contraste, a faixa leste registrou volumes significativamente menores, como em Venâncio Aires (21,2 mm) e Camaquã (40,4 mm).

Em abril, praticamente todo o estado experimentou precipitações acima da média, com Agudo (527,6 mm) e Bossoroca (509,2 mm) liderando os registros. Maio, no entanto, foi o mês mais chuvoso, resultando na maior catástrofe climática já registrada no estado. Veranópolis registrou impressionantes 951,2 mm de chuva, seguido por Caxias do Sul (845,3 mm) e Soledade (773,8 mm).

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Prognóstico climático e formação do La Niña

A previsão climática para os próximos meses indica a evolução para um fenômeno La Niña, especialmente a partir da segunda metade do inverno e durante a primavera. Em julho e agosto, chuvas acima da média são esperadas no norte e parte do centro-leste do estado, com a faixa nordeste sendo a área mais propensa a chuvas volumosas. As regiões sul e oeste devem ter chuvas irregulares, ligeiramente abaixo da média, especialmente em agosto.

Para setembro, as chuvas devem se manter próximas da média na maioria das regiões, podendo ficar ligeiramente abaixo no sul do estado. O trimestre também será marcado por entradas frequentes de massas de ar polar, intercaladas com períodos de aquecimento, resultando em ondas de calor e frio alternadas. Geadas são esperadas em todo o estado durante o trimestre, com a possibilidade de geada tardia em setembro.

Preparativos e expectativas

A formação do La Niña traz desafios e a necessidade de preparação para enfrentar as condições climáticas adversas. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação alerta para a importância de monitorar as previsões e adaptar as práticas agrícolas para mitigar os impactos negativos desse fenômeno. A expectativa é de que o resfriamento gradual do Pacífico central evolua para um La Niña que influenciará o clima do estado nos próximos meses.

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