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Queimadas: Brasil registra maior número de focos desde 2010

MT já contabiliza mais de 1,6 milhão de hectares consumidos pelo fogo


Foto: Pixabay

O Brasil registrou em agosto de 2024 o maior número de focos de queimadas dos últimos 14 anos, totalizando 68.635 ocorrências, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse número é 145% maior que o registrado no mesmo mês de 2023 e o mais alto desde 2010, quando foram contabilizados 90.444 focos.

Desde então, os números têm variado, com 23.881 focos em 2011, 50.926 em 2012, 21.410 em 2013, 40.845 em 2014, 37.883 em 2015, 39.088 em 2016, 37.380 em 2017, 22.774 em 2018, 51.935 em 2019, 50.694 em 2020, 51.711 em 2021, 47.507 em 2022 e 28.056 em 2023.

As queimadas concentraram-se principalmente na Amazônia e no Cerrado, que juntos representaram mais de 80% dos focos registrados. O Cerrado, em particular, vive uma situação alarmante, com 18.620 focos de queimadas apenas em agosto, mais que o dobro dos 6.850 focos do mesmo período em 2023. No Mato Grosso, a devastação foi severa, com mais de 1,6 milhão de hectares consumidos pelo fogo, levando o estado a decretar emergência devido à seca intensa e à propagação dos incêndios, que resultaram na morte de dois brigadistas em um intervalo de três dias.

O cenário se agrava com o alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que indicou risco potencial de novos incêndios devido à baixa umidade. O aviso aponta que a umidade relativa do ar na região deve variar entre 20% e 30%, aumentando o risco de novos focos de queimadas e problemas de saúde associados. O Inmet recomenda que a população se hidrate adequadamente, evite esforços físicos durante os períodos mais secos do dia e minimize a exposição ao sol nas horas de maior calor.

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