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Estabilização dos preços do milho

Produtividade da safrinha no Mato Grosso supera expectativas


Foto: Pixabay

Segundo a análise semanal na Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do milho estabilizaram no Brasil. A média gaúcha fechou a semana em R$ 57,30/saco, enquanto as principais praças se mantiveram em R$ 55,00. Nas demais regiões nacionais, os preços oscilaram entre R$ 36,00 e R$ 58,00/saco, sendo que  muitas regiões não apresentaram cotações. Já na B3 os contratos mais recentes fecharam a quarta-feira (05) entre R$ 56,44 e R$ 67,78/saco.  

O recuo em Chicago e o avanço da colheita da safrinha brasileira estariam na origem  desta estabilização dos preços nacionais. Entretanto, muitos analistas continuam indicando um quadro mais positivo para os preços internos do milho, no segundo semestre, já que não haverá milho suficiente para atender as exportações, a demanda  para a fabricação de rações e a demanda para a fabricação de etanol, de acordo com o Brandalizze Consulting. Dito isso, a colheita da safrinha atingiu, no dia 30/05, a 4,7% da área cultivada no  Centro-Sul brasileiro, conforme o AgRural.

Já a Conab, em seu acompanhamento semanal, indicou uma colheita da safrinha em  3,7% da área, contra 0,7% em igual período do ano anterior. Os Estados que já  iniciaram a colheita são Mato Grosso (4,8%), Mato Grosso do Sul e Paraná (4%), Goiás  (2%) e Tocantins (1%). Em paralelo, a colheita da safra de verão teria atingido a 81,6% da área total estimada. E especificamente no Mato Grosso, segundo o Imea, a produtividade da safrinha deverá ser 1,7% superior à registrada na última estimativa. Com isso, agora, a mesma está prevista em 110 sacos/hectare, graças ao bom desenvolvimento das lavouras. Com isso, a produção final daquele Estado deverá atingir a 45,8 milhões de toneladas. Mesmo assim, ficará 12,7% abaixo do total colhido um ano antes. 

E no Paraná, segundo o Deral, 7% das lavouras da safrinha haviam sido colhidas no início da presente semana, sendo que 51% do restante estava em fase de maturação, havendo ainda 52% das mesmas em boas condições, 31% regulares e 17% em  situação ruim. Já o custo total de produção do milho de verão, no Paraná, registrou  recuo de 7,6%, ficando em R$ 7.621,36/hectare, enquanto o milho safrinha registraria  um custo total de R$ 5.518,26/hectare, contra R$ 5.890,38 um ano antes. 

Enfim, no Mato Grosso do Sul, a Famasul informou que a safrinha local apresentava, no início da semana, 46,3% das lavouras em boa situação, 21,1% regulares e 32,6% ruins. O estresse hídrico naquele Estado vem provocando perdas importantes. Assim, o  Estado deverá colher 19,2% menos de milho safrinha neste ano, com o volume final ficando em 11,4 milhões de toneladas. Em maio, inclusive, houve geadas que atingiram  as lavouras do cereal.

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