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Empregos na cadeia da soja caem em 2024, mas agroindústria avança com alta de 20%

Em contrapartidade a qualificação profissional avançou



Foto: Divulgação

A cadeia produtiva da soja e do biodiesel no Brasil registrou uma retração no mercado de trabalho em 2024. Segundo dados do Cepea, o total de pessoas ocupadas caiu 3,2% em comparação ao ano anterior, totalizando 2,26 milhões de trabalhadores. A redução foi puxada principalmente pelo setor primário (soja) e pelos agrosserviços, que sentiram o impacto direto da quebra da safra 2023/24.

O setor de agrosserviços, que historicamente concentra o maior número de postos de trabalho dentro da cadeia da soja, teve uma queda de 4,98% no volume de pessoas ocupadas. A menor atividade no campo reduziu a demanda por serviços especializados, mesmo com o desempenho positivo da agroindústria.

Em contrapartida, o processamento da soja e a produção de derivados como rações e biodiesel alavancaram a geração de empregos industriais, com crescimento expressivo de 20,71% no número de trabalhadores na agroindústria. Esse avanço ajuda a amenizar os efeitos da retração em outras áreas do setor.

Outro ponto de destaque é a qualificação dos profissionais. O levantamento aponta aumento no número de pessoas com ensino superior atuando na agroindústria, no cultivo de soja e no segmento de insumos, revelando uma tendência de profissionalização cada vez mais presente no agronegócio.

Mesmo com esses avanços pontuais, a participação da cadeia da soja na economia brasileira recuou, passando a representar 2,24% do PIB nacional e 9,71% do agronegócio, evidenciando os efeitos da desaceleração registrada em 2024.

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